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Sara Winter tem 15 dias para pagar indenização para professora da UnB

24 de janeiro, 2022
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Sara Winter foi condenada a pagar R$ 15 mil por chamar Débora Diniz de "maior abortista brasileira". Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
Sara Winter foi condenada a pagar R$ 15 mil por chamar Débora Diniz de "maior abortista brasileira". Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

A extremista Sara Fernanda Giromini, mais conhecida como Sara Winter, tem 15 dias para pagar uma indenização para a antropóloga e professora da Universidade de Brasília (UnB) Débora Diniz. Atualmente, a dívida já supera R$ 15 mil.

A decisão é do juiz Arthur Lachter, da 19ª Vara Cível de Brasília, que em abril de 2021 condenou Sara por danos morais contra Débora. A ação movida pela professora da UnB é referente às declarações feitas por Sara em 2020, quando Débora se posicionou acerca do aborto de uma menina de 10 anos que havia sido estuprada pelo tio. Na época, Sara foi às redes sociais e chamou Débora de “a maior abortista brasileira”, além de acusá-la de ser defensora da prática de tortura.

Ao avaliar a incitação de prática de tortura por parte da extremista, o juiz considerou que houve danos à professora. “Ofendeu a autora, a qualificando como defensora da prática de tortura num canal de YouTube com milhares de telespectadores, o que viola não só a honra subjetiva como a própria honra objetiva da requerente”, disse. “A alegação é forte, desnecessária e não baseada em qualquer evidência. Comparar um procedimento médico qualquer com tortura, nos tempos de hoje, beira a má-fé”, considerou o juiz para tomar a decisão.

Sara Winter: Ex-bolsonarista

Sara Winter era uma das mais ferrenhas apoiadoras do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela era uma das articuladoras do do “Acampamento dos 300”, instalado em maio de 2020, em Brasília. Mas deste então, a ativista se afastou do presidente.

Em entrevista à ISTOÉ, em novembro de 2021, Sara se declarou desiludida com o presidente. Entre os motivos da indignação, a censura dentro do bolsonarismo, a falta de apoio e uma dívida de mais de R$ 3 milhões, referente à processos judiciais. A ativista se diz arrependida de ter feito o acampamento. “Não tem mais como defender Bolsonaro. Mas se ele pedir para os bolsonaristas comerem merda, as pessoas vão comer”. Fonte: Pedro Grigori, Correio Braziliense

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