Um projeto de Terapia Comunitária Integrativa (TCI) – prática reconhecida e adotada pelo SUS – chegou à Coordenação Regional de Ensino do Gama (CRE-Gama) e vai formar a primeira turma de docentes terapeutas comunitários do Distrito Federal.
A iniciativa, primeiramente implementada no Centro Educacional (CED) Gesner Teixeira, é resultado do trabalho conjunto de dois educadores da escola: a professora de história e coordenadora pedagógica, Francisca Beleza, e Cleison Leite Ferreira, professor de geografia e supervisor pedagógico. O trabalho também conta com a participação da psicóloga e referência técnica distrital de TCI da Secretaria de Saúde, Doralice Gomes.
“Hoje, ter um psicólogo em cada escola é muito complicado. A ideia é construir caminhos para a cultura de paz por meio da escuta dos meninos. Por isso, a ideia de formar essa primeira turma de professores terapeutas. O objetivo principal é dar respostas para a violência nas escolas. Acredito que, no chão da escola, nós vamos construindo respostas”, explica Francisca.
Veja imagens da turma:
Com a chegada do projeto à CRE-Gama, foram colocados em prática programas de acessibilidade física e emocional, bem como os projetos de TCI, que vinham sendo realizados com sucesso no Gesner Teixeira. Também foram feitos diversos workshops com terapias, reiki, ayurveda, mosaicoterapia e tai chi chuan.
Com a pandemia, as terapias comunitárias migraram para o ambiente virtual, e o foco da atuação holística voltou-se para o trabalho psicológico do luto, do sofrimento. Nesse período, das 50 escolas atendidas pela Regional do Gama, 48 receberam terapias virtuais on-line.
Regional
A retomada do ensino presencial traz, agora, a primeira turma de formação de terapeutas entre professores e orientadores, formados pela Secretaria de Saúde do DF e com certificação da Universidade de Brasília (UnB). Os cursos serão ministrados pela psicóloga Doralice Gomes.
“Foi um sonho gestado por muito tempo pela atual Coordenação Regional de Ensino do Gama. Esta gestão tem trabalhado a questão da saúde mental desde antes da pandemia. O que queremos é formar, agora, professores e professoras e orientadores para atuar nas escolas, colaborando com esse momento tão diverso que está sendo o retorno presencial ao ambiente escolar”, frisa Francisca.
Fonte: Nathália Cardim, Metrópoles