Operação Massa Fresca é da Polícia Civil do Distrito Federal, feita em parceria com a Neoenergia Brasília e o Instituto de Criminalística
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) , em parceria com a Neoenergia Brasília e o Instituto de Criminalística (IC), deflagrou mais uma ação da Operação Massa Fresca, que visa combater o furto de energia elétrica em todo o Distrito Federal.
Durante a ação, duas padarias e uma pizzaria, todas localizadas no Gama, foram flagradas com irregularidades na medição consumida e mensurada pelos medidores. Uma pessoa foi presa e ficará detida até a audiência de custódia.
Segundo a PCDF, o volume de energia recuperado foi de 450 mil kWh, equivalente ao consumo de cerca de 2,5 mil residências por um mês. Ainda de acordo com a corporação, toda a energia não medida e consumida será cobrada por meio de processo administrativo.
Durante a operação, as irregularidades foram retiradas, os estabelecimentos, regularizados, e os responsáveis, conduzidos à delegacia para que respondam em âmbito criminal.
Os alvos da Operação Massa Fresca foram mapeados após análise do centro de inteligência da Neoenergia Brasília e de fiscalizações em campo. Para identificar as unidades como possíveis consumidoras irregulares, a distribuidora utiliza softwares associados a sensores inteligentes que controlam o fluxo de energia elétrica na rede de distribuição, auxiliando as ações de investigação em campo. Esses sistemas permitem maior assertividade nas operações de combate ao crime.
Luiz Paulo Marinho, gerente de Proteção da Receita da Neoenergia Brasília, afirmou que a missão da distribuidora de energia é intensificar as fiscalizações e garantir novas operações para combater o furto de energia. Ele ainda destacou que a população acaba pagando pelo prejuízo.
“É importante reforçar que todos nós pagamos pelo prejuízo causado por esse tipo de crime. No momento de calcular o valor do reajuste tarifário, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) inclui no cálculo um percentual relativo a essas perdas”, explica.
O furto de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro, com pena de até 8 anos de reclusão pela prática ilegal.
Operação
Em julho, a distribuidora realizou duas fases da Operação Happy Hour e encontrou diversos estabelecimentos com irregularidades no Distrito Federal. Na primeira, um bar, localizado na Asa Sul, teve a fraude constatada. O volume de energia recuperado foi de 250 mil kWh, equivalente ao consumo de aproximadamente 1,4 mil residências por um mês.
Poucos dias depois, a empresa flagrou mais quatro estabelecimentos. Três deles também localizados na Asa Sul, e outro, em Águas Claras. O volume de energia recuperado foi de 1.043 milhão de kWh, equivalente ao consumo de cerca de 5,8 mil residências por um mês.
Segundo a Neoenergia, os “gatos” representam riscos para a segurança de quem os realiza e da população. Além disso, o furto de energia prejudica o fornecimento de energia da região, podendo causar graves problemas para a rede elétrica e ocasionar a interrupção do abastecimento.
Ainda de acordo com a concessionária, denúncias podem ser feitas, de forma anônima, no canal de atendimento da empresa, por meio do telefone 116, ou presencialmente em uma das lojas de atendimento.
Fonte: Jéssica Ribeiro, Metrópoles