Cerca de 19 milhões deixaram de completar o esquema primário de vacinação com a segunda dose e estão parcialmente protegidos contra a doença
Dados do Ministério da Saúde afirma que mais de 68 milhões de brasileiros não tomaram a segunda dose de reforço da vacina contra a Covid-19. Ao total são 68.867.381 pessoas que estão em atraso com o primeiro reforço contra a doença.
Já referente a segunda dose de reforço, a pasta afirma que cerca de 30.716.380 já podem receber a segunda dose de reforço mas ainda não retornaram aos postos de vacinação.
A maior parte dos imunizantes contra a infecção pelo coronavírus, incluindo as vacinas da Pfizer, AstraZeneca e Coronavac, conta com esquema primário de duas doses. De acordo com o ministério, 19,3 milhões de brasileiros não completaram o esquema vacinal.
O Ministério da Saúde reforça a importância de se completar o esquema primário e de doses de reforço para aumentar a imunidade contra a doença. Estudos mostram que a estratégia de reforçar o calendário vacinal contra o coronavírus aumenta em mais de cinco vezes a proteção contra casos graves e óbitos pela Covid-19.
Esquema vacinal contra a Covid-19
O Ministério da Saúde orienta que a primeira dose de reforço, recomendada para pessoas a partir de 12 anos de idade, deve ser aplicada quatro meses depois da segunda dose ou dose única. A segunda dose de reforço, no momento, é recomendada pela pasta para a população acima de 40 anos de idade e trabalhadores da saúde, independentemente da idade.
No dia 7 de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da dose de reforço da Pfizer para crianças a partir de 5 anos.
Os imunizantes recomendados para as doses de reforço em pessoas a partir de 18 anos de idade são da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen. Para os adolescentes entre 12 e 17 anos, deve ser utilizada preferencialmente a vacina Pfizer. Caso não esteja disponível, pode ser utilizada a vacina Coronavac.
Para quem começou o esquema vacinal com a dose única da Janssen, a recomendação é a seguinte: três reforços para pessoas com idade igual ou maior que 40 anos e profissionais da saúde, e dois reforços para pessoas de 18 a 39 anos.
O primeiro reforço é aplicado dois meses após o início do ciclo e os outros devem obedecer o intervalo de quatro meses. A orientação é que também sejam utilizadas as vacinas AstraZeneca, Pfizer ou a própria Janssen.
De acordo com o ministério, as recomendações foram feitas a partir de estudos que demonstram que a capacidade de gerar resposta imune, chamada imunogenicidade, após aplicação de doses de reforço heterólogas, com combinação diferente de vacinas contra a Covid-19, foi adequada e superior a esquemas sem doses de reforço.