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Ações contra a dengue no DF: fumacê vai passar por 13 regiões administrativas

05 de janeiro, 2024
2 minuto(s) de leitura
Fumacê no DF
Foto: Reprodução/ Agência Brasília

Com o período de chuvas aumentando, o Governo do Distrito Federal (GDF) está intensificando suas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Na primeira semana de janeiro, o fumacê, uma das principais estratégias para conter a proliferação do mosquito transmissor de doenças como dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela, tem sido utilizado em várias regiões.

Nesta sexta-feira (5), o inseticida de ultrabaixo volume (UBV) foi aplicado nas seguintes áreas: QI 25 do Lago Sul, quadras 301 e 302 do Recanto das Emas, QNJ 6, 20, 28 e 50 de Taguatinga, além das regiões da QNP 14, 26 e 28 de Ceilândia. Também estão programadas passagens pelo Condomínio Mansões Serrana, no Jardim Botânico, e Nova Petrópolis, em Planaltina. No sábado, dia 6 de janeiro, o Jardim Botânico receberá novamente a aplicação do inseticida, dessa vez no Condomínio Parque das Paineiras.

“Elaboramos um itinerário com base nas solicitações das administrações regionais, postos de saúde e hospitais das cidades que mais apresentaram casos prováveis ou confirmados de dengue. Esta estratégia representa nossa última tentativa de eliminar as fêmeas transmissoras do vírus”, explicou o coordenador de controle químico e biológico da Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde do DF, Reginaldo Braga.

Regiões mais afetadas

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde em 2023, as cidades com os maiores registros de casos prováveis de dengue foram Ceilândia (4.517), Samambaia (3.250 casos prováveis), Brazlândia (2.397), Recanto das Emas (2.340) e Planaltina (2.131). Essas cinco regiões administrativas concentraram 41,17% dos casos prováveis de dengue no DF. A aplicação do inseticida começou em 2 de janeiro e já abrangeu áreas da Asa Sul, Vila Planalto, Taguatinga, Samambaia e Jardim Botânico.

Além do fumacê, a saúde pública do DF adota ações permanentes, como manejo ambiental, controle químico, inspeções de agentes de vigilância em residências e investimentos em tecnologias, como as armadilhas ovitrampas.

A Secretaria de Saúde também desenvolveu o Plano para Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses para os anos de 2024 a 2027, visando a intensificação das ações de combate às doenças, a redução de casos e mortes relacionados à dengue, a agilização na resposta a surtos, e a minimização das dificuldades decorrentes da sazonalidade, bem como dos riscos de epidemias.

Apesar das ações, o GDF ressalta que nenhuma das medidas é completamente eficaz sem a participação da população. Durante a passagem do fumacê, é recomendado que os moradores abram portas e janelas ao ouvirem o aviso sonoro dos veículos, permitindo que pelo menos uma pequena quantidade do inseticida entre nas casas e ajude a eliminar os mosquitos das residencias.

A pulverização do fumacê ocorre em horários específicos, das 17h30 às 22h e das 5h às 10h, seguindo os hábitos do mosquito e as recomendações da Secretaria de Saúde e do Ministério da Saúde. A população também deve contribuir retirando objetos que possam acumular água nas áreas externas, como latas, garrafas, pneus, potes e brinquedos.

Além disso, é importante manter os vasos de plantas com areia até a borda, as calhas desobstruídas e as caixas d’água tampadas, para evitar que esses locais se tornem criadouros para o Aedes aegypti. Para denunciar focos nas proximidades de suas casas, a população pode entrar em contato com a Vigilância Ambiental pelo telefone 160.

Números do DF

O Boletim Epidemiológico mais recente da Secretaria de Saúde revelou que foram registrados 49.426 casos suspeitos de dengue, dos quais 37.698 eram prováveis. Esses números representam uma redução significativa de mais de 49,2% em comparação com o mesmo período de 2022, que havia registrado 69.991 casos prováveis da doença no DF. Nesse mesmo período, foram registrados dez casos graves e um óbito causado pela dengue.

A nível nacional, para intensificar o combate à doença, o Ministério da saúde incorporou a vacina contra a dengue ao Sistema Único de Saúde.

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