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Enem: resultado é divulgado pelo Ministério da Educação; 60 candidatos tiraram mil na redação

16 de janeiro, 2024
3 minuto(s) de leitura
Estudantes do ensino médio
Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Já está disponível para consulta o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, que ocorreu nos dias 5 e 12 de novembro do ano passado. A partir desta terça-feira (16), os participantes podem acessar as notas por meio da Página do Participante, no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), utilizando o login único da plataforma Gov.br.

O Ministério da Educação informou que os resultados para os “treineiros”, candidatos que fizeram o exame para autoavaliação sem a intenção de disputar vagas, serão disponibilizados apenas em março. O Enem 2023 teve a participação de mais de 3,9 milhões de pessoas.

Além disso, o espelho das redações, que detalha a avaliação de cada texto, será liberado 90 dias após a divulgação dos resultados. O MEC enfatiza que as redações são julgadas com base em cinco competências descritas na matriz de referência do exame, podendo a nota máxima alcançar 1.000 pontos. Fatores como fuga ao tema, texto com até sete linhas, trechos desconectados do tema, não adequação à estrutura dissertativo-argumentativa e desrespeito à seriedade do exame podem resultar em nota zero.

Redação

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que 60 candidatos tiraram nota mil na redação do exame. Na edição anterior, com provas aplicadas em 2022, apenas 18 candidatos alcançaram a nota máxima. 

Os números mostram que, do total de 60, apenas quatro candidatos são estudantes da rede pública de ensino, sendo que 40% do total dos candidatos que participaram do exame nacional são da rede pública. Para o diretor de Avaliação da Educação Básica do Ministério da Educação, Rubens Lacerda, o principal motivo para o aumento de notas mil na redação foi o tema: “desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.  

“Foi um tema relevante socialmente, discutido amplamente. Isso permitiu que as pessoas tivessem condição para discutir esse tema com, não vou dizer facilidade, mas uma certa fluidez. E isso permitiu o aumento das notas mil este ano”, afirmou o diretor.

Porta de entrada para o ensino superior

O Enem é fundamental para avaliar o desempenho dos estudantes ao final da educação básica e representa a principal via de acesso ao ensino superior no Brasil, tanto em universidades públicas quanto particulares, e ainda em instituições internacionais em países como Portugal, Estados Unidos e Canadá.

O exame é utilizado no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), no Programa Universidade para Todos (Prouni) e em outros processos seletivos. As notas do Enem também são critérios para obtenção de benefícios governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Pé de meia

Ainda nesta terça-feira, na companhia do ministro da Educação, Camilo Santana, o presidente Lula sancionou a lei que cria uma espécie de poupança para que estudantes de baixa renda concluam o ensino médio. 

Lula e Camilo Santana
Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Pelo programa, batizado de Pé de Meia, serão beneficiados jovens de baixa renda regularmente matriculados no ensino médio na rede pública, e com a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda per capita mensal igual ou inferior a R$ 218.  

No caso de educação para jovens e adultos, podem receber o benefício quem está na faixa etária de 19 a 24 anos. 

De acordo com o Ministério da Educação, a evasão no ensino médio chega a 16%, e o primeiro ano é o que tem maior registro de evasão, abandono e reprovação de estudantes. O programa vem para incentivar que os alunos não desistam dessa fase importante da edução. Portanto, para ter acesso ao benefício, o estudante terá de apresentar uma frequência mínima, garantir a aprovação ao fim do ano letivo e fazer a matrícula no ano seguinte, com exceção apenas daqueles que estão concluindo o ensino médio.  

Os ministérios da Educação e da Fazenda ainda vão definir o valor a ser pago aos estudantes, mas a União deve investir até R$ 20 bilhões para o pagamento. O depósito será feito em uma conta em nome do aluno, e a ideia é que os contemplados retirem o benefício apenas ao concluírem o ensino médio. Caso os estudantes descumpram as regras ou se desliguem do programa, os respectivos valores depositados em conta retornarão ao fundo. 

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