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Primeira remessa da vacina contra dengue já está no Brasil; casos explodiram no DF

23 de janeiro, 2024
3 minuto(s) de leitura
Mosquito da dengue
Foto: Reprodução/ Agência Brasil

A primeira remessa do imunizante Qdenga, da farmacêutica Takeda, chegou ao Brasil no último sábado (20). São cerca de 750 mil doses da vacina, que fazem parte de um pacote oferecido pelo laboratório japonês sem cobrança ao Ministério da Saúde. No total, serão 1,32 milhão de imunizantes doados pela Takeda Pharma.

Caixas com vacinas Qdenga
Foto: Reprodução/ Ministério da Saúde

Além dessas, o governo brasileiro comprou mais 5,2 milhões de doses que serão entregues ao longo do ano, até novembro. O total de cerca de 6,5 milhões de doses representa a capacidade máxima disponível no laboratório para este ano. No entanto, como o esquema vacinal precisa de duas doses com intervalo mínimo de três meses entre elas, pouco mais de 3,2 milhões de pessoas serão vacinadas em 2024 pelo SUS.

Público-alvo

Para as doses da Qdenga disponíveis, o público-alvo serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Isso porque essa faixa etária concentra o maior número de internações por dengue, depois de pessoas idosas – grupo para o qual a vacina ainda não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Diante da limitada capacidade de produção da farmacêutica, o Ministério da Saúde definiu os critérios para a distribuição das doses junto aos conselhos das Secretarias de Saúde dos estados e municípios. As vacinas serão destinadas a cidades de grande porte, com população igual ou maior a 100 mil habitantes, e que tenham registrado alta transmissão de dengue.

A remessa recebida no sábado está passando pelo processo de liberação da Alfândega e da Anvisa, e em seguida será enviada para o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). O Ministério da Saúde pediu prioridade nessas etapas, e a previsão é que todo o desembaraço seja concluído ao longo desta semana. Nos próximos dias, o Ministério vai divulgar a lista dos municípios e a estratégia de imunização.

Caixas do imunizante Qdenga
Foto: Divulgação

O Brasil é o primeiro país a oferecer a vacina contra a dengue no sistema público universal. O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a doença em dezembro. O imunizante Qdenga tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde março de 2023, com indicação para prevenção de dengue causada por qualquer sorotipo do vírus para pessoas de 4 a 60 anos de idade – mesmo para os que nunca tiveram a doença.

Até então, a única vacina contra a dengue disponível no Brasil pelo SUS era a Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. O imunizante, no entanto, é recomendado somente para quem já foi infectado com o vírus, já que protege contra uma possível segunda infecção, que pode se manifestar de forma mais agressiva.

Dengue no DF

De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF) nesta terça-feira (23), foram notificados 17.150 casos suspeitos de dengue, sendo 16.628 prováveis – um crescimento de 646,5% se comparado com o mesmo período em 2023, e três mortes confirmadas. Chama a atenção o fato de que, na última semana, o boletim divulgado registrava 7.614 casos prováveis da doença, ou seja, o número mais que dobrou em um período de sete dias.

Desde que aumentaram os registros de dengue, o GDF adotou uma série de medidas para acolher os pacientes infectados. Foram implantadas nove tendas de acolhimento em regiões administrativas com o maior número de casos, onde são aplicados testes rápidos gratuitos, hidratação e medicação. Ao todo, o DF conta com 176 unidades básicas de saúde para atender pacientes com suspeita da doença.

Além disso, foi montada uma força-tarefa para eliminar os focos de proliferação do mosquito transmissor da doença. Entre os dias 1º e 22 deste mês, foram removidas 30,6 mil toneladas de resíduos descartados irregularmente. Nesta terça-feira, equipes do DF Legal, SLU e da Vigilância Ambiental retiraram 15 mil pneus armazenados de forma irregular no pátio de uma empresa no Riacho Fundo II, que já acumulavam as larvas do mosquito Aedes Aegypti.

Força-tarefa retira pneus com foco de dengue
Foto: Reprodução/ Agência Brasília

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