A Polícia Militar apreendeu um adolescente de 15 anos na manhã desta segunda-feira (4) após entrar em uma escola da rede pública do DF, em São Sebastião, com duas facas e ferir ao menos três pessoas dentro da instituição: dois adolescentes e uma professora.
O Corpo de Bombeiros foi chamado por professores do Centro Educacional São José, e um dos menores foi levado para o hospital da região com hemorragia, mas estável e sem risco de morrer. Os outros não tiveram ferimentos graves, apenas superficiais.
O menor infrator foi apreendido e levado para a Delegacia da Criança e do Adolescente. Segundo a Polícia Civil do DF, o estudante chegou a entrar em várias salas de aula armado com as facas e tentou atacar colegas e docentes. De acordo com os depoimentos, o adolescente se levantou durante a aula e começou a agredir outros estudantes.
Em nota, a Secretaria de Educação do DF informou que está dando suporte aos envolvidos e se empenhando para garantir a segurança e integridade da comunidade escolar. A pasta disse ainda que o professor que estava na sala de aula deteve o aluno imediatamente, impedindo que alguém ficasse gravemente ferido, e comunicou que repudia qualquer forma de violência dentro ou fora da escola.
As aulas foram suspensas e serão retomadas nesta terça (5). Nas redes sociais, o governador Ibaneis Rocha se manifestou sobre o caso, afirmando que “a segurança e o bem-estar dos estudantes são prioridades absolutas do governo”, e que o GDF tomará as “medidas necessárias para assegurar que as escolas sejam ambientes seguros e saudáveis para todos os alunos e professores”.
Violência no ambiente escolar
As escolas enfrentam o desafio crescente de proteger estudantes, professores e funcionários contra ataques de violência, o que exige uma abordagem multifacetada que engloba medidas físicas, tecnológicas e humanas. Inicialmente, é fundamental que as instituições realizem avaliações regulares de risco para identificar vulnerabilidades e desenvolver um plano de segurança abrangente, personalizado às suas necessidades específicas.
Para fortalecer a segurança física, as escolas podem implementar controles de acesso rigorosos, como portões de entrada controlados e sistemas de intercomunicação, além de exigir identificação para todos os visitantes. A instalação de câmeras de vigilância, a melhoria da iluminação e a garantia de que portas e janelas sejam seguras também são medidas cruciais. Além disso, é importante desenvolver rotas de evacuação claras e praticar exercícios de simulação de emergência com regularidade.
A tecnologia desempenha um papel vital na segurança escolar, com sistemas de vigilância por vídeo e alarmes ajudando a monitorar atividades suspeitas. Sistemas de comunicação eficazes são essenciais para garantir que informações críticas possam ser rapidamente disseminadas em caso de emergência.
O treinamento e a conscientização são igualmente importantes; professores, funcionários e estudantes devem ser treinados sobre como agir em situações de emergência, incluindo conhecimentos em primeiros socorros e procedimentos de bloqueio. Promover a saúde mental é outra faceta crucial, com a necessidade de programas de apoio acessíveis para identificar e auxiliar indivíduos em risco.
Políticas claras sobre conduta, violência e posse de armas devem ser estabelecidas, comunicadas e aplicadas rigorosamente. Um sistema de denúncia anônima pode encorajar a comunidade escolar a compartilhar preocupações de segurança sem medo de retaliação.
A colaboração com as autoridades locais e o envolvimento dos pais e cuidadores são fundamentais para reforçar as estratégias de segurança. Além disso, fomentar uma cultura escolar positiva, que valorize o respeito, a inclusão e o bem-estar, pode ajudar a prevenir a violência ao encorajar a resolução pacífica de conflitos e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.