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Após dois trimestres com resultado zero, PIB do Brasil cresce 0,8%

04 de junho, 2024
1 minuto de leitura
Economia cresce após semestres de estagnação
Foto: Reprodução/ Agência Brasil

A economia do Brasil exibiu uma retomada de crescimento no primeiro trimestre de 2024, após um período de resultados zero nos dois trimestres anteriores. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (4), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou um aumento de 0,8% em relação ao trimestre anterior, e um crescimento anual de 2,5%, alinhado com o crescimento acumulado ao longo dos últimos quatro trimestres.

O desempenho foi influenciado principalmente pelos setores de serviços, que cresceram 1,4%, e pela agropecuária, que apresentou um impressionante salto de 11,3%. Por outro lado, a indústria teve um desempenho quase estável, com uma elevação tímida de 0,1%. O consumo das famílias brasileiras cresceu 1,5%, enquanto os investimentos aumentaram 4,1%, impulsionados principalmente por aumentos na importação de bens de capital, avanços em desenvolvimento de software e atividades construtivas.

Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, o avanço do PIB foi “puxado basicamente pelos serviços”. Ela atribui a continuidade do crescimento do consumo das famílias à melhoria das condições de trabalho no país, às taxas de juros reduzidas, à inflação mais baixa e à persistência de programas de apoio governamental às famílias.

O setor externo, no entanto, não mostrou o mesmo dinamismo dos trimestres anteriores. Palis observou que houve uma reversão na contribuição deste setor para a economia: “Em anos anteriores, o setor externo havia contribuído positivamente, com as exportações superando as importações. Neste trimestre, essa contribuição tornou-se negativa devido a um aumento das importações de máquinas, equipamentos e bens intermediários, além de uma valorização do real”.

A taxa de poupança nacional também sofreu uma redução significativa, caindo para 16,2% do PIB, frente a 17,5% no mesmo período do ano anterior. A taxa de investimento situou-se em 16,9%, ligeiramente abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023.

O início de 2023 foi marcado por melhorias no mercado de trabalho e pela antecipação de pagamentos de precatórios e do décimo terceiro salário para beneficiários do INSS, que contribuíram para o aumento da renda e do consumo. Entretanto, desafios como as enchentes no Rio Grande do Sul devem impactar negativamente os dados do PIB no segundo trimestre, embora a reconstrução da região possa gerar efeitos positivos até o final do ano.

Rebeca Palis adicionou que o impacto exato das enchentes será mais claro com a divulgação das pesquisas econômicas sobre a região a partir de junho. Ela também ressaltou que a antecipação de várias despesas para o primeiro semestre, incluindo aquelas relacionadas às enchentes, pode reduzir o ímpeto de crescimento na segunda metade do ano.

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