O número de incêndio no Distrito Federal subiu 16,72% nos primeiros oito meses de 2024, segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). De 1º de janeiro a 9 de agosto, foram registrados 1.445 incêndios em edificações na capital do país, comparado aos 1.238 registrados no mesmo período do ano anterior. Esse aumento alarmante reflete um cenário preocupante para os moradores e autoridades locais, que enfrentam tragédias cada vez mais frequentes e devastadoras.
Na segunda-feira (12/8), uma das mais graves dessas tragédias ocorreu em Planaltina, no setor Arapoanga. Um barraco de madeira foi consumido por um incêndio durante a noite, resultando na morte de cinco pessoas, incluindo três crianças. As vítimas, Ione da Conceição, 47 anos, Eulália Narim da Conceição Pereira, 5, Sophya Hellena Conceição Costa, 8, Marybella Marinho da Silva, 9, e Kethleen Vitoria da Conceição Silva, 14, estavam dormindo no momento do incidente e não conseguiram escapar das chamas.
Quando os bombeiros chegaram ao local, encontraram partes de corpos humanos entre as cinzas, que foram encaminhadas ao Instituto de Medicina Legal (IML) para investigação. O incêndio no Arapoanga foi uma das ocorrências mais trágicas do ano e ilustra a vulnerabilidade das comunidades que vivem em condições precárias.
Além desse caso em Planaltina, outras ocorrências recentes também chamaram a atenção. No início de agosto, um incêndio atingiu a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Distrito Federal. O fogo, que começou no início da noite, foi rapidamente controlado pelos bombeiros, mas causou danos significativos ao prédio. Embora não tenha havido vítimas, o incidente acendeu um alerta sobre a segurança das instalações públicas e privadas na região.
Outro incêndio de grande proporção ocorreu em Samambaia, onde um depósito de materiais recicláveis foi completamente destruído pelas chamas. O fogo, que se alastrou rapidamente devido à grande quantidade de materiais inflamáveis no local, exigiu um esforço conjunto de várias equipes do CBMDF para ser controlado. Apesar da destruição material, não houve registros de feridos, mas o incidente reforça a necessidade de maior fiscalização e medidas preventivas em estabelecimentos que armazenam grandes quantidades de materiais combustíveis.
Os dados divulgados pelo CBMDF não especificam o tipo de edificações atingidas pelos incêndios, sejam elas residenciais, comerciais, escolares, ou hospitalares. No entanto, o aumento expressivo no número de ocorrências indica que todas as áreas estão em risco, especialmente em um período marcado por condições climáticas secas e pela negligência em medidas de segurança.