Débora Oliveira
O Brasil perdeu um de seus maiores ícones da televisão neste sábado (17/8), com a morte de Silvio Santos, aos 93 anos. O empresário e apresentador estava internado desde o início de agosto em um hospital particular de São Paulo, onde foi diagnosticado com H1N1. A notícia foi confirmada pelo SBT, emissora que Silvio fundou e que se tornou uma das mais importantes do país.
Silvio Santos, cujo nome de batismo era Senor Abravanel, nasceu em 12 de dezembro de 1930, no Rio de Janeiro. Filho de imigrantes judeus, começou sua trajetória como camelô nas ruas cariocas, onde desenvolveu suas habilidades de comunicação que mais tarde o consagrariam como um dos maiores apresentadores do Brasil. Sua carreira na televisão teve início em 1958, e desde então, ele se tornou uma figura central no entretenimento brasileiro.
Com a criação do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) em 1981, Silvio consolidou sua posição no cenário midiático nacional, comandando o “Programa Silvio Santos” por mais de seis décadas. Seus bordões, como “Quem quer dinheiro?” e “Vem pra cá, vem pra cá”, e quadros como “Show de Calouros” e “Porta da Esperança”, tornaram-se parte do imaginário popular, solidificando sua marca como um dos comunicadores mais carismáticos e influentes do Brasil.
Além de sua carreira na televisão, Silvio Santos também foi empresário de sucesso, à frente de um conglomerado que abrangeu desde a Tele Sena até o Baú da Felicidade. Em 1989, chegou a anunciar sua candidatura à presidência da República, mas a tentativa foi frustrada pela Justiça Eleitoral.
Silvio Santos deixa um legado incomparável na cultura brasileira e a viúva Íris Abravanel, com quem foi casado desde 1978, além de seis filhas: Daniela, Patrícia, Rebeca, Renata, Cíntia e Silvia. Sua morte marca o fim de uma era na televisão brasileira, mas seu impacto perdurará por gerações.
