A 3ª edição do Congresso Brasileiro Mulheres da Energia, reunindo mais de 700 líderes e especialistas femininas do setor energético em um dia de intensa troca de conhecimentos sobre transição energética e sustentabilidade. O evento, realizado em São Paulo, ocorreu simultaneamente à aprovação da Política Nacional de Transição Energética (PNTE) em Brasília, marcando um ponto crucial tanto para o setor quanto para a agenda de políticas públicas.
O congresso contou com uma série de apresentações, painéis e oportunidades de networking, voltados para discutir a relevância da participação feminina e as inovações necessárias para uma transição energética sustentável. A abertura foi feita por Solange Ribeiro, vice-presidente da Neoenergia e vice-chair do UN Global Compact, que enfatizou a importância de aumentar a presença feminina em posições de liderança e a diversificação de pensamento no setor energético. “Depois de aumentar a participação feminina, o próximo passo é diversificar em outros campos, como diversidade de raça e pensamento nos ambientes, o que é muito bom para as empresas”, defendeu Ribeiro.
O painel de abertura, com o tema “Sustentabilidade – O Coração da Transição Energética”, contou com a presença de especialistas renomadas, como Alessandra Torres (ABRAPCH), Luciana Nabarrete (Engie Brasil), Talyta Viana (Assuntos Regulatórios), Camilla Fernandes (ABRAGE) e Zilda Costa (UCB Power e ABGD). A palestra especial de Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil, destacou a importância das tecnologias emergentes para práticas sustentáveis e a necessidade de mais mulheres em cargos de liderança. “Apesar dos avanços, ainda estamos longe de um equilíbrio entre homens e mulheres em setores especializados como energia e TI”, observou Cosentino.
Clarice Romariz, diretora-presidente da ENGIE Soluções de Operação e Manutenção, também participou da abertura, ressaltando a importância de discutir equidade ao abordar temas técnicos cruciais para o mercado. “É valioso que possamos discutir essas questões de equidade enquanto abordamos temas técnicos tão importantes para o mercado”, destacou.
O congresso apresentou um leque diversificado de temas e experiências com mais de 50 palestrantes femininas. Dividido em dois auditórios – “Energia Renovável” e “Mercado Livre” – o evento abordou inovações, desafios e a necessidade de diversidade no setor energético. Karina Souza, do Ministério de Minas e Energia, enfatizou a importância de uma transição energética inclusiva para comunidades sem acesso à energia, enquanto Luciana Costa, do BNDES, detalhou o financiamento de projetos de energia limpa, destacando o investimento de 65% na expansão energética renovável.
Outras palestrantes notáveis incluíram Roberta Nanini e Cicéli Martins (CEMIG-MG), que discutiram o uso de energias renováveis no setor agrícola; Roberta Antoniazzi (Elétron Energy), que abordou parcerias para promover a energia renovável; e Natália Resende (Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo), que explorou o potencial do biometano no estado.
Um dos momentos aguardados do evento foi o talk show “Mulheres da Energia”, conduzido por Lúcia Abadia, presidente do Grupo Abadia, Priscila Carazatto, CEO da EGS, e Marina Meyer Falcão, head of legal na EGS. O prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis, também participou, compartilhando cases de sucesso sobre a transformação de sua cidade em um modelo de gestão sustentável.
O Congresso contou com o apoio de diversas instituições e entidades, incluindo o Governo Federal, o Governo de São Paulo, e diversas associações do setor energético, além do patrocínio de empresas renomadas como ENGIE Energia, Itaipu Binacional e Naturgy. O evento destacou a crescente importância das mulheres no setor de energia e a necessidade de um futuro sustentável e inclusivo para todos.