A nova unidade da Casa da Mulher Brasileira (CMB) no Distrito Federal será inaugurada nesta terça-feira (20/4), às 17h, em Ceilândia. O objetivo é aumentar os serviços públicos destinados às mulheres vítimas de violência, por meio da articulação dos atendimentos especializados no âmbito da saúde, da justiça, da rede socioassistencial e da promoção da autonomia financeira.
Para tanto, durante a inauguração, será assinado o Acordo de Cooperação Técnica do Programa “Mulher Segura e Protegida”. Trata-se de parceria firmada pela Secretaria da Mulher do Distrito Federal com a Secretaria Nacional de Política para Mulheres, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Também participam da iniciativa o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF).
Atendimento humanizado
A Casa da Mulher Brasileira oferece um atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica. A estrutura revoluciona o modelo de enfrentamento à violência de gênero, pois integra, amplia e articula todos os serviços do governo oferecidos às mulheres em situação de vulnerabilidade.
Para a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, a inauguração do espaço em Ceilândia reforça a importância da parceria entre o governo federal e o GDF.
“Neste momento, em que acompanhamos tantas notícias de violência contra as mulheres e suas crianças, a inauguração desta Casa da Mulher Brasileira traz a certeza de que, se trabalharmos juntos, a população só tem a ganhar. Proteção, cuidado, orientação, capacitação e amor serão destinados às mulheres e suas famílias que vierem a este local”, destaca a ministra.
Estrutura
A CMB de Ceilândia reúne, em um só espaço, acolhimento, triagem, apoio psicossocial, além de atendimento da Defensoria Pública, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça. Segundo a Secretaria da Mulher, o fato de a vítima ter, em um mesmo local, a oferta dos serviços desses órgãos públicos evita que tenha que buscar atendimento fragmentado e sofra a revitimização durante a chamada rota crítica.
“Será também uma casa de oportunidade, onde vamos oferecer capacitação e oficinas voltadas para a autonomia econômica, além de promover a integração dessa mulher com todos os serviços oferecidos pelo governo. É um presente para a cidade de Ceilândia, que irá acolher não só as mulheres que estão vivendo uma situação de violência, mas também todas as outras que precisam ser cuidadas por nós”, afirma a secretária da Mulher, Ericka Filippelli.
Ocupação da Casa
Os serviços disponíveis na Casa da Mulher Brasileira serão inaugurados por etapas. Até o segundo semestre de 2021, todos os cinco andares estarão em pleno funcionamento. Na primeira fase da ocupação, serão realizados o acolhimento, a triagem, a escuta qualificada e o encaminhamento dessa mulher para os serviços especializados. Elas serão atendidas por uma equipe de agentes e assistentes sociais, pedagogos e psicólogos da Secretaria da Mulher. A sala de eventos, auditório, brinquedoteca e refeitório também serão abertos no dia 20.
No próximo mês, no terceiro andar, serão inaugurados os serviços oferecidos pelos equipamentos parceiros no enfrentamento à violência contra a mulher, entre eles o Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher, da Defensoria Pública; a Assessoria Técnica de Violência Doméstica, do Ministério Público, e o Centro Judiciário da Mulher/CJM, do TJDFT.
O espaço para a promoção da autonomia econômica também abrirá as portas nesta segunda fase. A proposta é resgatar a autoestima e fortalecer o empoderamento feminino por meio da capacitação profissional e da autonomia econômica. Os cursos e oficinas ofertados pela instituição serão abertos a todas as mulheres do DF, vítimas de violência ou não.
Na terceira, e última, etapa, será inaugurada a Casa de Passagem, onde a mulher em situação de violência doméstica e sob risco de morte poderá contar com abrigo temporário, por 48 horas, até que ela possa ser encaminhada a um local seguro ou para a rede de serviços externos de enfrentamento à violência. (Com informações da Secretaria da Mulher)
Fonte: Luísa Guimarães, Metrópoles