Covid-19: os brasilienses enfrentam fila e uma espera de até quatro horas em alguns postos para receber a vacina contra a Covid-19 nesta sexta-feira (23/4). O movimento é grande em função do início da imunização para pessoas de 62 e 63 anos (45.021) e o começo da aplicação da segunda dose para aqueles que tomaram AstraZeneca (34 mil).
Ao todo, a Secretaria de Saúde do DF espera imunizar mais de 79 mil pessoas nos próximos dias. Para quem tem 62 anos ou mais ou vai receber a segunda dose da vacina, não há necessidade de agendamento. A vacinação vai continuar neste sábado (24) e domingo (25).
No drive-thru do Lago Sul, localizado na Policlínica da QI 23, a procura é grande. Muitos esperaram mais de quatro horas para serem vacinados. Segundo informações do Departamento de Estrada e Rodagem (DER), às 15h30, a fila de veículos era composta por mais de 500 automóveis e se estendia por mais de 6 km, até as proximidades da QI 17.
Maria Aparecida de Souza Paulino, 62, chegou no local por volta das 10h30. “Mesmo com a demora não estava ansiosa. Apenas confiante de que isso vai passar”, conta.
Quem também foi vacinado no posto do Lago Sul foi o ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, 62 anos. “Vacina é vida. Foi uma demora que vale à pena”, disse após aguardar desde às 11h.
Parque da Cidade
No drive-thru do Parque da Cidade, montado no Estacionamento 13, por volta das 13h. a fila de espera era grande e ultrapassava 300 veículos. Segundo informações apuradas pela reportagem, o tempo médio de espera para a imunização era de 2 horas.
A aposentada Maria das Graças Soares, 63, celebrou o momento. “Estou presa em casa sem poder ver a minha família. Agora, é esperar pela segunda dose e viver a vida mais tranquila”, afirmou.
O servidor público aposentado Sérgio Rolo, 62, resumiu o sentimento de felicidade. “Estava muito ansioso. A gente chega a essa idade e vê muitos amigos morrendo. Quero ficar livre”, destacou.
Bastante empolgado, o empresário Carmendo de Souza, 63, também recebeu o imunizante contra a Covid-19 no Parque da Cidade. “Estava com expectativa grande, assim como todo mundo. Sem a vacina, somos privados da nossa liberdade de sair de casa e estar com a família”, ressaltou.
Fonte: Marcus Rodrigues, Metrópoles