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Economia: fazer a feira no DF está cerca de 20% mais caro

28 de abril, 2021
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Economia: está mais caro fazer a feira no DF
Economia: está mais caro fazer a feira no DF

Economia: Em um ano, a maioria das frutas e hortaliças mais populares tiveram um aumento superior a 20% no preço cobrado no atacado, em Brasília. É o que mostram os dados da Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa), de abril deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.

O percentual de aumento da maior parte dos itens está acima da inflação nacional prevista no acumulado dos últimos 12 meses, de 5,48% para hortaliças e verduras, e 13,77% para frutas, de acordo com relatório divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (27).

De acordo com a mais recente tabela da Ceasa, atualizada em 9 de abril, a melancia apresentou a maior alta entre as frutas. O quilo passou de R$ 1,60, em abril de 2020, para R$ 3,50, em 2021, em média. Por outro lado, houve queda no preço da banana prata e do abacate.

A Ceasa divulga mensalmente os valores cobrados no atacado. O preço que chega ao consumidor, nas feiras e mercados, ainda sofre mais acréscimos, a depender dos critérios do comerciante.

Economia e preços das hortaliças e legumes

Entre as hortaliças, uma das maiores altas foi do quiabo. No ano passado, a caixa de 12 kg a 14 kg era vendida a R$ 25 no ano passado. Este ano, passou a custar R$ 55.

Mas o pimentão, o alho e o tomate baixaram de preço.

Por que o preço aumentou?

O gerente de controle e estudo de mercado da Ceasa, Marco Franco, explica que uma das interferências no preço é o valor das moedas estrangeiras e o impacto que elas causam na economia.

“Um problema que aumenta muito [o preço] é a questão cambial, a desvalorização do real. Grande parte dos insumos de produção são importados”, diz Franco.

Ele aponta ainda que os preços variaram, assim como vários pontos da economia, ao longo da pandemia. Segundo o gerente, as medidas de isolamento social influenciaram.

“No começo, os produtores foram diminuindo o ‘risco de produção’, reduzindo a quantidade plantada, e a demanda foi diminuindo, por conta do aumento de restrições. Já no final do ano passado, com menos restrições, a demanda pressionou a oferta, aí, alguns preços mantiveram alta ou estabilizaram”, conta.

Inflação

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, o DF deve registrar em abril o maior índice da inflação do país, de 0,98 %. O índice nacional foi de 0,60%.

No acumulado dos últimos 12 meses, o índice geral da inflação, que inclui todos os tipos de produtos, está estimado em 6,53% na capital, enquanto a taxa nacional é de 6,17%.

No grupo alimentação e bebidas, o IBGE prevê que o DF deve registrar em abril uma alta de 1,28% nos preços. O percentual é o triplo do observado em março, que teve um aumento de 0,38%.

Fonte: Carolina Cruz, G1 DF

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