Pandemia: a média móvel de mortes por Covid-19 no Distrito Federal cresceu pelo terceiro dia consecutivo. Nesta quinta-feira (6/5), o índice, que estava em 37,1 no dia anterior, chegou a 37,9. O aumento foi impulsionado pelo registro de 48 novos óbitos de moradores da capital, no levantamento diário.
Devido ao atraso nas notificações, as mortes não ocorreram, necessariamente, nas últimas 24 horas. Na comparação com 14 dias atrás, houve redução de 28,2%, o que sinaliza tendência de queda.
Por causa do tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação dos especialistas no sentido de confrontar a média móvel do dia com a de duas semanas antes. As oscilações no número de mortes ou de casos de até 15% para mais ou para menos caracterizam invariabilidade.
Desde o início da pandemia de coronavírus, o DF já notificou 384.031 contaminações e 8.026 óbitos em decorrência da doença. Nas últimas 24 horas, foram registradas 48 mortes e 1.001 novas infecções.
Pandemia e ocupação das UTIs
Segundo dados da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), atualizados às 16h25 desta quinta, 487 dos 606 leitos operacionais de UTI, Ucin e UCI destinados a pacientes com Covid-19 estão ocupados, o que equivale a 80,4% da capacidade da rede pública. O número inclui todas as unidades que não estão bloqueadas nem aguardando liberação.
Na rede privada, 293 dos 326 leitos para adultos disponíveis estão ocupados – taxa de 89,9%. Vale ressaltar que observar os índices de ocupação dos leitos é uma das formas de medir a evolução de transmissão da doença.
Média móvel
Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de mortes ou casos está longe do ideal. Isso porque eles podem ter variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.
Para diminuir esse efeito e produzir uma visão mais fiel, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa representa a soma dos óbitos divulgados em uma semana dividida por sete.
O nome “móvel” é porque varia conforme o total de falecimentos dos sete dias anteriores.
Fonte: Lucas Marchesini, Metrópoles