A bolsa de valores brasileira, a B3, oscila nesta sexta-feira (4), com investidores fazendo uma pausa nas compras de ações após sucessivas máximas, enquanto se aprofundam sobre dados de emprego dos Estados Unidos e suas possíveis consequências para a política monetária.
Às 13h26, o Ibovespa caía 0,1%, a 129.465 pontos.
Na quarta-feira pré-feriado (2), a bolsa fechou com avanço de 1,04%, a 129.601 pontos. Com o resultado, até quarta-feira, a bolsa acumula alta de 3,22% na semana, 2,68% no mês e 8,89% no ano.
Cenário na bolsa
Investidores repercutem os dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos. O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou que o país criou 559 mil de trabalho fora do setor agrícola em maio, abaixo da previsão de economistas consultados pela Reuters de 650 mil. A taxa de desemprego caiu de 6,1% para 5,8%.
O mercado tem acompanhado com lupa os dados dos EUA, com os sucessivos sinais de aquecimento da atividade econômica e alta da inflação elevando apostas de que o Federal Reserve (BC dos EUA) possa abandonar a política monetária frouxa em andamento, adotada desde o ano passado para conter os efeitos da crise provocada pela pandemia da Covid-19.
“Sinais de um mercado de trabalho mais apertado põem lenha na fogueira, justificando temores de que o Fed pode retirar o seu apoio mais cedo do que o esperado”, afirmou à Reuters o economista chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.
Parte dos analistas continua a ver distorções nos dados do mercado de trabalho americano devido ao momento da economia do país. A reabertura da atividade ainda gera restrição de oferta de mão de obra e alta de salários, o que significa pressão inflacionária. Mas ainda não é possível cravar se essa dinâmica se tornará algo mais estrutural que poderia levar a uma ação antecipada do Fed.
Apoiado em parte pela elevada liquidez global incentivada por juros baixos, ativos tidos como de maior risco têm subido, como os da bolsa brasileira, onde o Ibovespa cravou na quarta-feira a sexta alta consecutiva, para nova máxima histórica.
A última vez que a bolsa registrou uma série de seis altas seguidas foi no começo de novembro do ano passado. O último registro de mais do que seis pregões consecutivos de valorização ocorreu há cerca de um ano.
Fonte: G1