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Pacientes com sequelas pós-covid recebem atenção multidisciplinar no DF

07 de julho, 2021
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Sequelas Pós-Covid: o trabalho multidisciplinar é realizado em grupo de até cinco pessoas, na UBS 1 de Taguatinga. Foto: SES/Divulgação
Sequelas Pós-Covid: o trabalho multidisciplinar é realizado em grupo de até cinco pessoas, na UBS 1 de Taguatinga. Foto: SES/Divulgação

Pacientes acometidos com a Covid-19 podem apresentar sequelas que perduram por um tempo maior que o período da doença. Eles sentem sintomas como fadiga, fraqueza muscular, alterações cognitivas, problemas de memória e alterações de olfato e paladar. Este quadro é o que ficou conhecido como Covid longa, Covid persistente ou síndrome pós-covid.

Com o intuito de oferecer um acompanhamento direcionado a esses pacientes, a equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf) da Unidade Básica de Saúde 1 (UBS-1) de Taguatinga montou um grupo de auxílio para ajudar na recuperação desses pacientes.

O grupo é formado por fisioterapeutas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, assistentes sociais e nutricionistas, além do apoio da equipe médica da UBS e de uma psicóloga do Nasf da UBS de Vicente Pires, que orienta o acolhimento em saúde mental.

Residentes multiprofissionais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) também participam do projeto. Os pacientes são acompanhados durante cinco semanas por meio de sessões em grupo e, se necessário, de atendimentos individuais.

Sessões pós Covid

“O primeiro atendimento é em grupo e feito em conjunto com a equipe médica. Neste momento, captamos várias informações para ajudar a direcionar o tratamento dos pacientes”, explica a fonoaudióloga do Nasf da UBS 1 de Taguatinga e uma das integrantes do projeto, Suzy Mashuda.

Os profissionais de cada área fazem perguntas e procuram identificar as demandas que irão nortear os atendimentos posteriores. A segunda sessão aborda o contexto da pandemia, como isso afetou a saúde mental e como gerenciar esse ponto. O objetivo é trabalhar questões emocionais devido às sequelas da Covid-19.

“Muito perderam o emprego, ficaram com alterações na memória e com dificuldade para realizar tarefas do dia a dia, apresentam perda da força muscular e, ainda, tem o fato de ter de lidar com a questão da morte, iminência da morte, e tantos outros desafios enfrentados durante a internação. O acolhimento é feito nesse sentido”, afirma Suzy.

Para os encontros seguintes, os pacientes recebem atendimento de fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia, farmácia e/ou serviço social, conforme a necessidade de cada um. As atividades em grupo são realizadas ao ar livre, em tendas montadas no exterior da UBS.

As sessões ocorrem normalmente às quartas-feiras pela manhã. Caso seja necessário, os pacientes são encaminhados para consulta com a especialidade indicada para tratar algum ponto específico, podendo ter que voltar outros dias à UBS. Além disso, todos os pacientes recebem auriculoterapia como complementação do tratamento.

Quem pode participar?

O serviço começou em maio de 2021. Já foram realizados dois grupos, e a previsão é iniciar o terceiro no início de agosto. Em virtude da pandemia, cada conjunto deve ter no máximo cinco pessoas.

A participação ocorre tanto por demanda espontânea – quando a pessoa busca a UBS, ou quando o serviço de acolhimento do Nasf capta esses pacientes – como pelo encaminhamento das próprias equipes da unidade de saúde.

A UBS 1 de Taguatinga atende moradores da QNG, QNH, Colônia Agrícola 26 de Setembro, Cana do Reino, Córregos dos Currais e Cooperville. Ao todo, conta com sete equipes de Estratégias Saúde da Família (ESF) e uma do Nasf.

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