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4 deputados federais do DF foram favoráveis ao voto impresso

11 de agosto, 2021
2 minuto(s) de leitura
Dos 8 deputados eleitos na capital, 4 foram favoráveis à medida, 3 contra e 1 estava ausente Foto: Reprodução/TV Câmara
Dos 8 deputados eleitos na capital, 4 foram favoráveis à medida, 3 contra e 1 estava ausente Foto: Reprodução/TV Câmara

A Câmara dos Deputados decidiu, na noite desta terça-feira (10), rejeitar e arquivar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos. Dos oito deputados federais eleitos pelo Distrito Federal, quatro foram favoráveis à medida, três votaram contra e um estava ausente.

Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos. No entanto, o texto elaborado pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) teve o apoio de apenas 229 deputados. Outros 218 parlamentares votaram contra a PEC, e um se absteve.

Ao todo, 448 votos foram computados na Câmara. Os votos “sim” concordavam com a aprovação da PEC do voto impresso. Quem votou “não“, pedia o arquivamento da proposta.

Veja como votou cada deputado federal do DF na PEC do voto impresso — Foto: G1/Reprodução
Veja como votou cada deputado federal do DF na PEC do voto impresso — Foto: G1/Reprodução

Veja como votaram os deputados do DF

  • Bia Kicis (PSL) – SIM
  • Celina Leão (PP) – SIM
  • Erika Kokay (PT) – NÃO
  • Julio Cesar Ribeiro (Republicanos) – SIM
  • Laerte Bessa (PL) – AUSENTE
  • Luis Miranda (DEM) – NÃO
  • Paula Belmonte (Cidadania) – SIM
  • Professor Israel Batista (PV) – NÃO

Os 64 ausentes — entre os quais vários parlamentares de legendas governistas — contribuíram para a derrota do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que, sem apresentar provas, vem falando em fraude no sistema de votação por meio da urna eletrônica e fazendo acusações sem fundamento a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com a decisão da Câmara, o texto será arquivado, e o formato atual de votação e apuração fica mantido nas eleições de 2022.

Em derrota para Bolsonaro, Câmara rejeita e arquiva PEC do voto impresso
Em derrota para Bolsonaro, Câmara rejeita e arquiva PEC do voto impresso

Proposta

O projeto propunha a inclusão de um parágrafo na Constituição para definir a obrigatoriedade da expedição de cédulas físicas conferidas pelo eleitor nos processos de votação das eleições, dos plebiscitos e referendos.

A impressão do voto depositado na urna eletrônica é defendida por Bolsonaro, que tem feito ataques sem provas ao sistema eleitoral e já ameaçou agir “fora das quatro linhas” da Constituição.

Votação da PEC do voto impresso na Câmara dos Deputados — Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados /Divulgação
Votação da PEC do voto impresso na Câmara dos Deputados — Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados /Divulgação

Executivo VS Judiciário

Bolsonaro tem acusado ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de interferir no debate e, em diversas oportunidades, ameaçou com a não realização das eleições em 2022 caso não fosse aprovada a matéria.

A tramitação da PEC chegou a ser admitida pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, em 2019, mas o mérito da proposta foi rejeitado pela comissão especial.

Na última semana, os membros da comissão rejeitaram parecer favorável à PEC elaborado pelo deputado Filipe Barros (PSL-PR), da base de governo. Em seguida, aprovaram o relatório do deputado Raul Henry (MDB-PE) que recomenda o arquivamento do texto.

Apesar de a proposta ter sido rejeitada na comissão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu levá-la ao plenário para que todos os 513 deputados se manifestassem.

Fonte: Walder Galvão, G1 DF

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