O Banco de Brasília (BRB) alcançou lucro líquido de R$ 242 milhões no 1º semestre de 2021. O valor é 20,9% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Só no 2º trimestre de 2021, o resultado foi de R$ 124,5 milhões, um crescimento de 34,7%.
A apresentação de resultados do BRB no 1º semestre de 2021 foi divulgada nesta terça-feira (17/8). Nos primeiros seis meses deste ano, a carteira de crédito do banco chegou a R$ 18,7 bilhões, o que representa um crescimento de 40,4% em relação ao 1º semestre de 2020.
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, disse à coluna Grande Angular que o banco cresceu em todas as linhas de produtos e serviços ofertados. “O resultado positivo reflete a ampliação dos negócios do BRB com seus clientes, tanto em produtos de crédito e de seguros quanto em avanço dos negócios de cartão de crédito”, afirmou.
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BRB Fla
O BRB bateu o recorde de 1,9 milhão de clientes, principalmente em função do Nação BRB Fla, banco digital em parceria com o Flamengo. Entre o lançamento, em julho de 2020, e o fim do 1º semestre de 2021, o Nação BRB Fla captou 1,144 milhão de clientes. O Banco de Brasília expandiu sua atuação no Brasil e está presente em 84% dos municípios do país.
A instituição financeira planeja abrir o capital do banco digital, a partir de 2022. Segundo o presidente do BRB, a entidade analisa se vai vender ações em bolsa no Brasil ou no exterior. Atualmente, o Flamengo é o sócio majoritário do Nação BRB Fla.
“A principal razão de se abrir o capital é buscar novos recursos que vão sustentar o crescimento do banco. Na sequência, a abertura de capital agrega governança, com maior acompanhamento das bolsas de valores e dos investidores, o que traz aumento da liquidez das ações”, disse Costa.
As transações via smartphone ou internet banking cresceram 50% no 1º semestre de 2021, o que comprova a maior procura por serviços digitais.
Follow on
Costa adiantou à coluna que o BRB deve vender mais ações do banco no mercado, entre outubro e novembro deste ano. A nova oferta de ações por empresa que já tem o capital aberto, como é o caso do BRB, é chamada de follow on.
Atualmente, o Distrito Federal é dono de 80% das ações, o Iprev tem 16% e o BRB possui 3,15% das ações negociadas em bolsa. A intenção é elevar o volume de ações em bolsa para 30%.
“O objetivo é que a gente possa captar novos recursos e continuar sustentando o ritmo de crescimento do BRB. Nos últimos dois anos e meio, dobramos o tamanho do banco. O BRB tinha carteira de crédito de R$ 14 bilhões e hoje tem de R$ 27 bilhões. O BRB está bem perto de se tornar um dos 15 maiores bancos do Brasil, em crédito”, disse.
Em 2021, o BRB pagou R$ 91 milhões em dividendos ao Distrito Federal – que é o acionista majoritário e, por isso, fica com maior parte do valor distribuído pelo banco. “Mesmo quando a gente cresce para outros estados, é aqui em Brasília onde a gente aplica todo o resultado disso, que vai ser revertido na execução de obras e na melhoria da qualidade de vida da população no seu dia a dia”
afirmou Paulo Henrique Costa, presidente do BRB.
O BRB vale R$ 10,9 bilhões. Há dois anos e meio, o banco tinha valor de mercado avaliado em R$ 1,1 bilhão. O aumento foi de 867%.
No contexto do projeto de expansão, o BRB pretende convocar, no ano que vem, todos os integrantes do cadastro reserva do concurso de escriturário. Dos 738 aprovados, 416 já foram contratados.
Em 2019, o banco realizou concurso para diversas funções e teve 894 aprovados. Até o momento, foram convocadas 500 pessoas.
Fonte: Isadora Teixeira, Metrópoles