Os centros de ensino médio da rede pública do Distrito Federal voltam a receber os alunos para aulas presenciais nesta segunda-feira (23), após um ano e cinco meses de portas fechadas por conta das medidas preventivas à Covid-19. Ao todo, são contabilizados pelo sistema i-Educar 87.710 mil estudantes, 3.459 professores e 167 profissionais terceirizados neste grupo.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal estabeleceu protocolos de segurança para o retorno dos estudantes, com o revezamento de dois grupos a cada semana: uma parte dos alunos vai à escola enquanto a outra terá atividades online. Além disso, profissionais e discentes devem realizar a higienização das mãos, usar máscara e manter o distanciamento de 1,5 metro entre si. Ao entrar no colégio, será medida a temperatura. As salas de aula e ônibus escolares também devem ser higienizados constantemente.
As mesmas medidas estão sendo tomadas pelos centros de ensino infantil e fundamental (1º ao 5º ano) que retornaram às aulas presenciais no dia 5 e 9 de agosto, respectivamente. Os alunos do EJA voltaram às escolas no dia 16, junto aos alunos dos anos finais do fundamental (6º ao 9º).
Foi publicado um guia de volta às aulas com todos os parâmetros que deverão ser adotados para a retomada das atividades escolares na rede pública de ensino do Distrito Federal. O guia dá orientações básicas sobre o vírus, e aborda medidas para higiene pessoal, manipulação e distribuição da alimentação, materiais indispensáveis, condutas em casos de suspeita, roteiro de cuidados diários, entre outros tópicos.
Covid-19 no ensino
No último sábado (21), a Secretaria de Educação divulgou o registro de 89 novos casos de Covid-19 após três semanas de aulas presenciais da rede pública. A pasta relatou 23 professores infectados, 17 estudantes, 7 faxineiras, 2 merendeiras, 2 vigilantes e 1 secretário. O restante dos infectados ainda não foram especificados.
De acordo com os dados por modalidade, 43% dos casos confirmados são de profissionais da educação fundamental – anos iniciais – seguido de 27% de profissionais da educação infantil. Mesmo antes do começo das aulas do ensino médio, a contaminação dos profissionais dessa área registraram 6% do total. Com relação ao total de casos confirmados por região, que inclui profissionais e estudantes, o Plano Piloto ficou em primeiro, com 17%, seguido por Taguatinga, com 16%.
Mesmo com os novos casos da doença, a Secretaria de Saúde do DF alega que o balanço das primeiras semanas de aula foi considerado positivo. De acordo com a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, os casos estavam dentro do número esperado e o acontecimento é “absolutamente normal”. Hélvia afirmou que as escolas são ambientes seguros, mas alertou: “A pandemia, graças ao avanço da vacinação, começa a enfraquecer, porém ainda não acabou”.