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Operação Daia: justiça federal afasta diretor de infraestrutura ferroviária do DNIT

24 de agosto, 2021
1 minuto de leitura
Operação Daia: Marcelo Almeida é suspeito de favorecimento irregular a empresa dentro do órgão. Foto: Leonardo Prado
Operação Daia: Marcelo Almeida é suspeito de favorecimento irregular a empresa dentro do órgão. Foto: Leonardo Prado

A Justiça Federal afastou Marcelo Almeida Pinheiro Chagas do cargo do cargo de diretor de infraestrutura ferroviária do Departamento Nacional de Transportes (DNIT).

Chagas é o principal alvo da operação Daia, deflagrada nesta terça-feira (24) pela Polícia Federal para investigar atuação de lobistas que favoreciam uma empresa operadora de portos secos no âmbito do DNIT.

A reportagem tenta contato com Chagas.

Segundo informações da investigação, a que a GloboNews teve acesso, o diretor agora afastado recebia no DNIT, lobistas que buscavam favorecer a empresa Aurora da Amazônia Terminais e Serviços Ltda, operadora de portos secos. O G1 entrou em contato com a diretoria da empresa e aguardava um posicionamento até a última atualização dessa reportagem.

Fachada da sede do Dnit, em Brasília  — Foto: Google/Reprodução
Fachada da sede do Dnit, em Brasília — Foto: Google/Reprodução

A investigação aponta que o grupo que buscava privilégios no órgão atuava por meio do diretor e dava até ordens, “instruindo como ele deveria proceder”.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, se manifestou em uma rede social sobre a operação desta terça. Segundo ele, a pasta ajudou na investigação. O DNIT faz parte da estrutura do ministério.

“Bom dia a todos. A PF deflagrou hoje a Operação Daia, que investiga atuação de lobistas no âmbito do DNIT. Essa operação foi feita em parceria com nossa Subsecretaria de Conformidade e Integridade, criada por nós em 2019 e comandada pela delegada da PF, Fernanda Oliveira”, escreveu o ministro.

Operação Daia

Os agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Goiás, Tocantins e São Paulo.

A investigação apontou que a empresa venceu uma licitação promovida pela Receita Federal para exploração do Porto Seco de Anápolis, em Goiás. Porém, o empreendimento passou a enfrentar problemas na habilitação do terreno.

Com isso, os lobistas pagaram propina aos servidores do DNIT, segundo a PF, que começaram a cuidar dos interesses da empresa. Entre as irregularidades encontradas pelos policiais, estava a avaliação do terreno feita abaixo do valor de mercado. O lote, estimado em R$ 44 milhões, foi custeado por R$ 11 milhões, conforme apontou investigação dos agentes.

Fonte: Camila Bomfim e Wellington Hanna, GloboNews e TV Globo

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