O Governo do Distrito Federal (GDF), o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional devem se reunir nesta terça-feira para fechar os detalhes do plano de segurança previsto para acompanhar as manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro convocadas para o dia 7 de setembro. Os atos têm recebido atenção diferenciada devido às ameaças promovidas por bolsonaristas, como o cantor Sérgio Reis, que chegou a dizer que invadiria o Congresso.
Outro ponto que deve ser abordado na reunião é a possibilidade de confronto entre manifestantes pró-governo e indígenas que estão acampados em Brasília para acompanhar o julgamento do marco temporal no STF.
Em uma reunião realizada na semana passada, uma das alternativas discutidas pelos órgãos era o de montar um esquema de segurança semelhante ao que foi adotado durante a posse do presidente Jair Bolsonaro, em 2019, com a utilização e pórticos com detectores de metal para evitar a entrada de armas de fogo ou armas brancas. Ainda não há consenso, porém, sobre se esse modelo será o escolhido.
GDF prevê atos tranquilos
Autoridades de segurança do Distrito Federal estão prevendo manifestações tranquilas. O comandante da Polícia Militar (PMDF), coronel Márcio Vasconcelos, afirmou ao Jornal de Brasília que a corporação seguirá os “preceitos constitucionais”. “O que se passa na vida pessoal do policial é problema dele. Vamos agir e aplicar a lei para garantir a ordem. Aqui não há risco de ocorrer o que aconteceu em SP.”
A fala faz referência à polêmica ocorrida em São Paulo. O chefe do Comando de Policiamento do Interior-7 da Polícia Militar de São Paulo, coronel Aleksander Lacerda estava convocando pessoas para as manifestações e criticando autoridades. Após a polêmica, a PM-SP afastou Lacerda do cargo.
O secretário de Segurança Pública do GDF, Júlio Danilo, afirmou que a SSP-DF está se preparando para que tudo ocorra dentro da normalidade, como em outros atos. “Já tem alguns eventos que foram registrados junto a Secretaria, e nós estamos trabalhando junto com os movimentos pra que a gente possa acompanhar e garantir a segurança de todos aqueles que queiram se manifestar de forma pacífica aqui em Brasília, seja no dia sete de setembro, seja em outras manifestações”, disse.
O presidente da CLDF, Rafael Prudente, também espera calmaria. “Eu espero que aqui no Distrito Federal nós não tenhamos nenhum tipo de intercorrência. Nós temos as forças policiais muito integradas com todo o governo e com toda a população do Distrito Federal, e eles vão cumprir com a missão deles assim como cumpriram em todos os [atos de] sete de setembro”, declarou. Prudente minimizou possíveis posicionamentos de policiais e outras autoridades de segurança. “Acho que manifestações políticas ficam para outros setores da sociedade.”
Fonte: Jornal de Brasília