Uma técnica de enfermagem do Hospital das Forças Armadas (HFA) foi condenada nesta quarta-feira (13) a sete meses de detenção por injúria e desacato contra dois militares dentro do próprio hospital.
No dia 24 de abril de 2019, às 8h35, a servidora chegava ao hospital de carro, quando um major foi atravessar a faixa de pedestres e houve um desentendimento. A mulher, então, mostrou o dedo do meio para ele e arrancou com o carro.
Pouco depois, ao ser advertida sobre o ato por um soldado que viu a cena, repetiu o gesto. Já dentro da unidade, a mulher continuou proferindo palavras ofensivas e intimidadoras ao mesmo militar, que foi chamado de “moleque” e de “covarde”.
A servidora chegou a ameaçar o soldado, ao dizer que ele poderia “se achar” dentro do hospital, mas que fora ele teria que resolver com ela. A mulher chegou a ameaçar chamar o marido, dizendo que ele ensinaria o militar como tratar uma mulher.
Servidora denunciada
Ela foi denunciada pelo Ministério Público Militar (MPM), junto à 2ª Auditoria Militar de Brasília, e foi condenada pelos dois crimes. A defesa chegou a recorrer a decisão junto ao Supremo Tribunal Militar (STM), afirmando que a servidora não teria cometido nenhum crime e que não houve dolo.
“Não restou comprovado o dolo específico de injuriar a major, elemento subjetivo do delito de injúria, pois a acusada não teve a intenção de ofender a dignidade da ofendida. O que houve foi um mero desentendimento isolado, em que ambas não entenderam o que a outra pessoa gostaria de expressar naquele momento “, informou o advogado. Ainda assim, o Supremo manteve a sentença.
Fonte: Jornal de Brasília