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Médica condenada a 20 anos por matar filho com overdose de medicamentos

16 de outubro, 2021
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Médica era servidora do Samu, sofre de depressão e tentou tirar a própria vida após morte do filho. Foto: Reprodução/TV Globo
Médica era servidora do Samu, sofre de depressão e tentou tirar a própria vida após morte do filho. Foto: Reprodução/TV Globo

A médica Juliana de Pina Araújo, de 37 anos, foi condenada a 20 anos de reclusão, por homicídio, por matar o próprio filho, João Lucas de Pina, de três anos, com overdose de remédios, no Distrito Federal. A decisão do tribunal do júri foi divulgada nesta sexta-feira (15).

O crime ocorreu em junho de 2018, em um apartamento na 210 Sul, onde a família morava (relembre mais abaixo). À época, o laudo cadavérico apontou que a criança morreu por “insuficiência respiratória por intenso edema pulmonar”, provavelmente “causado por intoxicação externa medicamentosa”.

Juliana era servidora do Samu e sofre de depressão. Após a morte do filho, ela tentou tirar a própria vida. A ré está internada em uma clínica psiquiátrica, onde cumprirá o restante da pena. A defesa da médica pediatra disse ao g1 que vai recorrer da sentença.

Relembre o caso

Segundo as investigações, Juliana de Pina matou o filho João Lucas de Pina, de 3 anos, com overdose de remédios. A polícia disse que achou envelopes com remédios de uso controlado no lixo e, ao lado da criança – encontrada já morta sobre a cama –, havia uma mamadeira com leite.

Testemunhas relataram que a mãe fez um corte no pescoço e saiu correndo pelas escadas do prédio, sangrando. Quando o porteiro viu a situação, segurou a moradora. A PM foi chamada pelos vizinhos, depois de perceberem que a criança já não acordava mais.

O episódio aconteceu por volta das 18h30. O menino foi socorrido ao Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), mas os médicos não conseguiram reanimá-lo.

Segundo o inquérito policial, além de ter sido forçado a ingerir os remédios, o menino apresentava um corte na veia do fêmur direito, na altura da virilha, segundo o delegado responsável pela investigação, João de Ataliba.

“A lesão ocorreu com a criança ainda em vida. Apesar do fato de que tal lesão poderia levar ao óbito por choque hemorrágico, esta não foi a causa da morte”,

disse o delegado à época.

Em janeiro do mesmo ano, 2018, João Lucas já havia sido internado em um hospital particular de Brasília, com um quadro de intoxicação medicamentosa.

Exercício da medicina

Em novembro do ano passado, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) revogou uma sanção aplicada à pediatra Juliana de Pina Araújo. O órgão derrubou uma interdição cautelar que impedia a médica de exercer a profissão. Com suspensão, ela pode, em tese, voltar a trabalhar.

A pediatra, porém, está internada em uma clínica psiquiátrica desde 2018. À ocasião, a Justiça do DF substituiu a prisão preventiva dela pela medida.

Fonte: Marília Marques, g1 DF

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