O Distrito Federal recebeu, nessa quarta-feira (20/10), sete juízas afegãs que buscaram refúgio no Brasil quando o Talibã retomou o poder no Afeganistão. As magistradas vieram acompanhadas de 27 membros de suas famílias e ficaram hospedadas na Marinha do Brasil.
O Governo do Distrito Federal (GDF) vai oferecer escola para as crianças e acesso à saúde. Além disso, o Na Hora deve providenciar a documentação necessária, como RG e CPF. Todo o suporte faz parte da campanha “Nós por elas”.
O projeto recebeu apoio do Banco do Brasil, que, além de abrir uma conta e fazer o depósito inicial de R$ 100 mil, criou o PIX pix.nosporelas@fbb.org.br para depósitos aos refugiados.
O resgate das sete juízas e das famílias foi organizado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). De acordo com a presidente da entidade, Renata Gil, as juízas foram selecionadas para receber acolhimento no Brasil pelo grau de risco que corriam permanecendo no Afeganistão. Após a seleção das pessoas, foi assinada uma portaria interministerial do governo brasileiro e emitidos os vistos.
O diretor do Departamento de Segurança e Justiça do Ministério das Relações Exteriores, ministro André Veras Guimarães, parabenizou a todos os envolvidos. “Trabalhamos com a área de imigração do Itamaraty, muitas vezes, até as 2h, para retirar as pessoas do Afeganistão”, contou.
Refúgio
Em janeiro, famílias indígenas Warao, grupo étnico do norte da Venezuela, receberam abrigo em uma unidade socioassistencial no espaço no Núcleo Rural Capão Comprido, em São Sebastião.
O local é projetado para ser um centro de atendimento, onde são desenvolvidas várias atividades para a população em situação de desabrigo. O centro de atendimento foi construído para receber exclusivamente as famílias venezuelanas.
Esse trabalho é realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), em conjunto com a Cáritas Arquidiocesana de Brasília, e tem como parceiros a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Instituto de Migrações e Direitos Humanos (IMDH).
Com informações da Agência Brasília
Fonte: Milena Carvalho, Metrópoles