Diante do recente ataque terrorista do Hamas a Israel, com milhares de mortos, civis sendo sequestrados e chacinas de famílias inteiras, muitos se perguntam sobre a origem do grupo Hamas e por que esses acontecimentos devem acender um alerta não só para Israel, mas também para todo o mundo.
Origem do Hamas
Fundado em 1987, o Hamas emergiu como uma facção resistente, com uma ideologia que mescla o nacionalismo palestino e os princípios da Sharia. Sua Carta de Fundação, de 1988, expressa o desejo de estabelecer um estado islâmico na Palestina, fundamentado na jurisprudência islâmica.
- Implementação da Sharia: Desde que assumiu o controle da Faixa de Gaza em 2007, o Hamas tem implementado um sistema legal que incorpora elementos da Sharia, influenciando a vida cotidiana, a educação e a cultura na região.
- Papel Social e Caridade: O grupo também desempenha um papel significativo em atividades sociais e de caridade, muitas das quais são inspiradas pelos princípios islâmicos de zakat e justiça social.
A Sharia na visão do Hamas
A Sharia, na visão do Hamas, é frequentemente interpretada como um pilar fundamental tanto em termos de identidade como de prática. O Hamas, originado da Irmandade Muçulmana e estabelecido como um movimento de resistência islâmica, entrelaça a política e a religião, utilizando a Sharia como uma base para sua ideologia, legislação e ações.
- Luta Sagrada: A Sharia é invocada para justificar a luta (Jihad) contra Israel, considerando a terra da Palestina como waqf (inalienável sob a lei islâmica).
- Martírio: A noção de martírio, morrer pela causa, é vista como uma expressão de fé e é fortemente enraizada na interpretação do Hamas da Sharia.
O ataque a Israel
O ataque, que resultou em centenas de mortes e sequestros, foi um choque para Israel, que, apesar de sua robusta inteligência e capacidades militares, foi pega de surpresa. Considerado o pior ataque desde a Guerra Árabe-Israelense de 1973, desta vez a estratégia do Hamas de enganar Israel, mantendo seus planos militares em segredo e simulando uma postura não beligerante, revela uma sofisticação tática e uma disposição para empregar táticas enganosas e violentas.
Perigos para o povo palestino
A população da Palestina, especialmente em Gaza, vive sob condições precárias, com alta densidade populacional e bloqueios constantes. A implementação rigorosa da Sharia pode potencialmente limitar as liberdades civis e direitos humanos, enquanto a continuação do conflito com Israel perpetua o ciclo de violência e instabilidade na região.
Implicações globais
O Irã tem desempenhado um papel significativo no apoio ao Hamas, tanto financeira quanto militarmente. A relação entre o Irã e o Hamas, e a subsequente escalada de violência, não apenas intensifica o conflito Israel-Palestina, mas também tem o potencial de desestabilizar a região do Oriente Médio como um todo. A estratégia do Irã de coordenar entre diferentes facções palestinas e expandir a luta de Gaza para a Cisjordânia é uma manobra que pode inflamar ainda mais as tensões na região.
A implementação da Sharia pelo Hamas e sua abordagem militante para estabelecer um estado islâmico na Palestina têm implicações profundas e potencialmente perigosas para a região e além. A ameaça para Israel é evidente, mas a população palestina também enfrenta os perigos de viver sob a administração de um grupo que emprega táticas violentas e enganosas. Além disso, a influência do Irã e a potencial expansão do conflito para além das fronteiras de Gaza e Israel apresentam uma ameaça significativa para a estabilidade global, exigindo uma atenção e resposta cuidadosas da comunidade internacional.