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Saúde pública: vacinação contra a gripe é ampliada para todos com mais de 6 meses de idade

01 de maio, 2024
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Frascos da vacina contra Influenza
Foto: Reprodução/ MS

A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a expansão do programa de vacinação contra a gripe para incluir todas as pessoas com seis meses de idade ou mais. Essa decisão responde ao crescimento no número de casos de influenza, como comunicado pela ministra em suas redes sociais.

Anteriormente, a campanha de imunização se concentrava em grupos prioritários, que incluíam idosos, gestantes, povos indígenas e crianças de seis meses até seis anos de idade. A campanha de vacinação deste ano começou em 25 de março, de forma antecipada em relação ao período usual entre abril e maio, devido ao aumento nas internações hospitalares e nas unidades de pronto atendimento causadas pela gripe.

O Ministério da Saúde também reportou um aumento nos testes positivos para influenza A e o vírus sincicial respiratório (VSR) em grandes capitais como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Trindade mencionou que, dependendo das disponibilidades de estoque de vacinas e da situação epidemiológica local, pode haver restrições pontuais, especialmente para manter a cobertura dos grupos prioritários.

De forma exclusiva, a região Norte do país teve seu calendário de vacinação alterado permanentemente, começando a vacinação em novembro para cobrir o inverno amazônico, um período de alta transmissão viral que se estende até maio.

A vacina utilizada é trivalente, protegendo contra os três principais tipos de vírus da gripe circulantes no Brasil. Além disso, a vacina pode ser administrada simultaneamente com outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.

Recentemente, foi reportado um aumento expressivo tanto na incidência quanto na mortalidade causada pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de até dois anos de idade, principalmente devido ao VSR, que agora excede as mortes causadas pela COVID-19 nesta faixa etária nas últimas oito semanas epidemiológicas. De acordo com os dados do Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o VSR é responsável por 57,8% dos casos recentes de SRAG com identificação de vírus respiratório.

Os dados também revelam que a presença de influenza A entre os óbitos por vírus respiratórios está aumentando, chegando perto dos níveis associados à COVID-19 nas últimas semanas. Marcelo Gomes, pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, reforça a necessidade de vacinação contínua e o uso de máscaras de alta proteção (N95, KN95, PFF2) tanto por pessoas que frequentam unidades de saúde quanto por aquelas que apresentam sintomas de infecções respiratórias, dada a prevalência crescente dessas infecções em todo o país.

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