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Estrangeiros foram autorizados a deixar Faixa de Gaza, mas brasileiros ainda não conseguiram a repatriação

01 de novembro, 2023
2 minuto(s) de leitura
Ataques na Faixa de Gaza
Foto: Reprodução/ AFP

Um acordo entre Tel Aviv e Cairo, mediado pelo Qatar, vai permitir que o primeiro grupo de estrangeiros residentes na Faixa de Gaza se desloquem para o Egito nesta quarta-feira (1º). O entendimento diplomático visa facilitar a saída destes cidadãos do território sob ataque de Israel.

Os brasileiros, no entanto, não estão na primeira lista de cidadãos a serem repatriados. Alessandro Candeas, o embaixador brasileiro na Cisjordânia, permanece esperançoso: “Acredito que em breve novas listas serão publicadas e espero ver brasileiros nelas.”

A primeira leva de repatriação conta com cidadãos de países como Austrália, Áustria, Finlândia e Japão, juntamente com pessoal da Cruz Vermelha e diversas ONGs. Os grupos sairão por Rafah, na fronteira sul de Gaza com o Egito, por onde também tem passado a ajuda humanitária.

De acordo com dados do Itamaraty, o grupo que procura repatriação no Brasil inclui 34 pessoas, a maioria cidadãos brasileiros, mas há também palestinos em processo de imigração e seus familiares. Dezoito pessoas estão em duas casas alugadas pela embaixada do Brasil em Rafah, enquanto quatro apartamentos de famílias em Khan Yunis abrigam outros dezesseis brasileiros.

De Israel, o governo brasileiro já repatriou 1.446 cidadãos na operação “Voltando em Paz”, que mobilizou ao menos oito voos da Força Aérea Brasileira.

Escalada de violência

O cenário é tenso. Quem está na região de Gaza tem enfrentado dificuldades para obter alimentos e até de comunicação. Alguns não conseguem recarregar os celulares.

A situação em Gaza sempre foi crítica, mas se agravou após o ataque terrorista do Hamas, o grupo palestino que controla o território desde 2007. Desde então, uma multidão de estrangeiros e palestinos tem buscado sair da região através de Rafah, enfrentando inúmeros obstáculos.

As tensões e os conflitos em Gaza, particularmente entre Israel e o Hamas, continuam a escalar. Relatórios recentes indicam ataques significativos, incluindo um que resultou na morte de cerca de 50 pessoas em Jabalia.

Enquanto isso, no cenário geopolítico mais amplo, o Hezbollah libanês, outro grupo terrorista apoiado pelo Irã, continua suas operações contra Israel, adicionando mais uma camada de complexidade ao já tenso cenário no Oriente Médio.

Resgates na Cisjordânia

Nesta quarta-feira (1°), a operação “Voltando em Paz” conduziu mais um esforço para trazer de volta brasileiros que estavam em áreas de conflito no Oriente Médio, desta vez na Cisjordânia. No total, 33 cidadãos brasileiros, representando 12 famílias, foram retirados da região. Esse grupo era composto por 12 homens, 10 mulheres e 11 crianças.

Brasileiros repatriados na Palestina
Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Eles foram transportados de 11 municípios diferentes da Cisjordânia para Jericó. A partir de Jericó, o grupo atravessou a fronteira em direção a Amã, capital da Jordânia, em um ônibus providenciado pelo governo brasileiro. A viagem levou cerca de uma hora.

Para garantir a segurança durante a transferência, os veículos exibiam a bandeira brasileira, uma medida adotada para prevenir ataques. O embaixador brasileiro na Cisjordânia, Alessandro Candeas, mencionou que as autoridades tanto palestinas quanto israelenses foram informadas sobre os detalhes do transporte.

O próximo passo para esses cidadãos é embarcar em um avião fornecido pela Presidência da República no Aeroporto Internacional Queen Alia, em Amã. Eles serão transportados para a Base Aérea de Brasília. Uma vez no Brasil, serão encaminhados para diversas cidades, incluindo São Paulo, Florianópolis, Recife, Rio de Janeiro, Curitiba e Foz do Iguaçu.

A Cisjordânia, juntamente com a Faixa de Gaza, compõe os territórios palestinos reconhecidos internacionalmente. Enquanto a Faixa de Gaza é administrada pelo Hamas, a Cisjordânia está sob o controle parcial da Autoridade Palestina. Diferente do Hamas, a Autoridade Palestina é aceita por Israel e por grande parte da comunidade global como a representante legítima do povo palestino.

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