Juliana Curi
Brasília foi eleita a capital com a melhor qualidade de vida do Brasil, de acordo com o ranking do Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2024. Este levantamento analisa o desempenho das cidades brasileiras em termos de progresso social com base em 57 itens.
Entre as capitais, Brasília se destaca em primeiro lugar, seguida por Goiânia, Belo Horizonte, Florianópolis e Curitiba. No interior, Gaivão Peixoto, em São Paulo, foi a cidade com melhor desempenho.
O estudo avaliou diversos aspectos, incluindo nutrição, saúde, moradia, saneamento, segurança pessoal, acesso à informação, meio ambiente, inclusão social, liberdade individual e acesso à educação superior.
DF e São Paulo
O Distrito Federal e o estado de São Paulo foram destaques no ranking das unidades federativas, ocupando o primeiro e segundo lugares, respectivamente. O Distrito Federal mostrou excelente desempenho em áreas como acesso à informação e comunicação, saúde e bem-estar, qualidade ambiental, direitos e liberdades individuais, além de acesso à educação superior.
Para a elaboração do ranking, foram analisados mais de 5.500 municípios brasileiros. O levantamento, que resulta em um relatório de 50 páginas, destaca a diversidade sociocultural do país. A pesquisa conclui que dois fatores são cruciais para os avanços sociais e econômicos do Brasil:
- SUS – Sistema Único de Saúde: Considerado o sistema de saúde inclusivo mais abrangente do mundo.
- Programas de Transferência de Renda: Iniciativas que retiraram milhões de pessoas da pobreza.
A pesquisa segue a metodologia internacional do Social Progress Imperative, que desde 2014 coordena e divulga o IPS Global. A versão de 2024 deste índice utiliza 57 indicadores obtidos de pesquisas globais realizadas por instituições como Health Metrics and Evaluation, UN Department of Economics and Social Affairs, e Gallup Poll.
Aspectos negativos
Apesar dos avanços, o estudo também aponta aspectos negativos. O Brasil caiu do 46º lugar em 2014 para o 67º em 2024 no índice de progresso social global, devido ao aumento da desigualdade social e econômica. No caso do Distrito Federal, o ponto negativo está na inclusão social, com a região ocupando o 26º lugar entre as 27 unidades federativas.
“O componente inclusão social busca garantir que todos os indivíduos tenham acesso equitativo a oportunidades e recursos, independentemente de sua origem, raça, gênero, orientação sexual, condição socioeconômica ou deficiência”, afirma o estudo.
Brasília, enquanto centro do Distrito Federal, engloba 35 regiões administrativas, muitas das quais enfrentam desafios econômicos e sociais significativos.
O IPS Brasil 2024 destaca a importância de políticas públicas focadas na inclusão e na redução da desigualdade para melhorar a qualidade de vida no país. As conquistas de Brasília e outras cidades líderes no ranking servem como exemplo de como a integração de diversos fatores sociais pode resultar em um progresso significativo.
