A participação da equipe brasileira de ginástica rítmica nas classificatórias das Olimpíadas de Paris foi marcada por um momento de grande emoção e superação. A ginasta Victoria Borges sofreu uma lesão na panturrilha esquerda minutos antes da apresentação. Mesmo com a dor e mancando, a atleta entrou em quadra e competiu ao lado de O conjunto de ginástica rítmica do Brasil, formado por Déborah Medrado, Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira.
Segundo a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), a atleta sofreu uma contratura no músculo gastrocnêmio. Em entrevista a Globo após a apresentação, as atletas explicaram que durante o aquecimento para a série mista de fitas e bolas, Victória sentiu uma forte dor na panturrilha. Com Vic sem poder executar os movimentos de dificuldade, o Brasil, que estava bem posicionado após a primeira prova, não conseguiu avançar devido a situação e ficou em nono lugar ao receber a nota 24.950.
Após a apresentação, a líder do time, Maria Eduarda Arakaki, mais conhecida como Duda, falou sobre a difícil decisão de continuar competindo. “Sabíamos que a situação era delicada, mas queríamos finalizar a competição, mostrar que lutamos até o fim. Victória foi muito guerreira. Sabemos que lesões fazem parte do esporte, mas é difícil lidar com isso tão perto da apresentação”, disse Duda, emocionada.
Deborah Medrado, outra integrante da equipe, destacou o espírito de união do grupo e a força de Victória. “Pedir para ela voltar à quadra foi uma decisão difícil, mas todos nós sabíamos que ela daria o seu melhor, mesmo que fosse o mínimo. Para nós, essa apresentação foi como uma medalha olímpica. Demos nosso sangue todos os dias, treinamos com dedicação e chegamos até o final”, declarou Deborah.
O Brasil chegou a Paris com grandes expectativas, tendo conquistado o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago e no Mundial de 2024. Com Deborah Medrado, Maria Eduarda Arakaki, Nicole Pírcio, Sofia Madeira e Victória Borges, o time era um dos favoritos ao pódio na ginástica rítmica.