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Após 12 dias de buscas, Polícia Militar de SP encontra helicóptero que havia desaparecido a caminho do litoral paulista; ninguém sobreviveu

12 de janeiro, 2024
2 minuto(s) de leitura
Vale do Paraíba
Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Na manhã desta sexta-feira (12), após 12 dias de uma busca meticulosa e intensa, a Polícia Militar de São Paulo finalmente localizou os restos do helicóptero que desapareceu em 31 de dezembro, véspera de ano novo, levando consigo quatro ocupantes. O Águia 24, helicóptero da PM, encontrou a aeronave acidentada na área de Paraibuna, no Vale do Paraíba, um local de difícil acesso devido à densa vegetação.

Os destroços, inclusive, estavam em meio às árvores de grande porte. As equipes de resgate tiveram de descer de rapel da aeronave da PM.

Agentes fazem rapel para resgatar corpos
Foto: Reprodução/ PMSP

O piloto, Cassiano Teodoro, e os três passageiros que estavam no helicóptero infelizmente foram encontrados sem vida. Os ocupantes eram Luciana Rodzewics, de 45 anos, sua filha, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, e Rafael Torres, um amigo da família que fez o convite para o passeio. As vítimas, todas residentes de São Paulo, eram pessoas com vidas ativas: Rafael era empresário e Luciana e a filha, Letícia, eram autônomas.

Luciana, uma empreendedora do ramo alimentício, era conhecida por sua dedicação e espírito empresarial. Ela comercializava sal para empresas, e tinha uma reputação de profissionalismo e cordialidade. Letícia, por outro lado, estava construindo uma carreira no ramo da estética, trabalhando em um estúdio de beleza especializado em pintura de unhas. Conhecida por sua habilidade artística e atenção aos detalhes, a jovem era muito querida por seus clientes.

Mãe e filha receberam o convite de Rafael para o passeio de helicóptero. A ideia era fazer uma viagem “bate-volta” para Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, um local famoso por suas festividades de réveillon e praias paradisíacas.

A aeronave, um helicóptero modelo Robinson, partiu do Campo de Marte em São Paulo, e nunca chegou ao destino. O último contato com a aeronave foi registrado perto de Caraguatatuba às 15h do dia 31 de dezembro. As buscas foram imediatamente iniciadas após o helicóptero ser reportado como desaparecido, às 22h daquele dia, envolvendo esforços conjuntos da Força Aérea Brasileira, Polícia Militar, Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros de São Paulo.

A operação cobriu extensivamente a região da Serra do Mar, incluindo áreas como Natividade da Serra, Redenção da Serra, Salesópolis e Caraguatatuba, até a trágica descoberta dos destroços.

Aeronave não tinha caixa-preta

Voar de helicóptero em regiões serranas com clima chuvoso é uma atividade que apresenta diversos desafios e riscos, agravados pela combinação do terreno irregular e das condições meteorológicas adversas. A visibilidade reduzida devido à neblina e à chuva pode dificultar significativamente a navegação e a identificação de obstáculos, como montanhas ou linhas de energia. Além disso, as turbulências são frequentes e imprevisíveis nessas áreas, especialmente sob mau tempo, podendo tornar o voo não apenas desconfortável, mas também perigoso.

Outro fator de risco é a rápida mudança climática típica das regiões montanhosas, que pode surpreender os pilotos e afetar a segurança do voo. A navegação em si já é mais complexa em terrenos acidentados, onde a falta de pontos de referência claros é agravada em condições de baixa visibilidade.

Nesse contexto, a importância da caixa-preta em helicópteros se torna evidente. Este equipamento, que inclui o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo, é fundamental para a análise de acidentes. Em caso de incidentes, fornece informações cruciais sobre os momentos finais do voo, ajudando os investigadores a compreender as causas do ocorrido. Essas informações são vitais não apenas para determinar a responsabilidade em questões legais, mas também para identificar padrões ou problemas que possam prevenir futuros acidentes.

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