Juliana Curi
Sob a mira da arma da agente da Polícia Civil de Goiás, a moradora de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital do estado, questiona a ação policial. A mulher reclama que os agentes arrombaram o portão da casa dela ainda de madrugada, acordaram os filhos pequenos – uma menina de nove anos e um bebê de dois meses, e ameaçaram a família ao tentar cumprir um mandado.
A abordagem ocorreu no endereço errado, e a confusão foi toda gravada pelos moradores da casa invadida pela polícia. “Quero a minha advogada, eu tenho direito. Ela [a policial] meteu a mão no meu pescoço. Olha o que vocês fizeram no meu portão”, diz a moradora na gravação (veja vídeo).
Os agentes ainda tentaram impedir a moradora de registrar a abordagem por engano, mas as imagens viralizaram. Tudo aconteceu na manhã dessa quinta-feira (11), e os moradores da residência invadida pediram para que os policiais falassem o nome da pessoa que, de fato, deveria ser alvo da operação. A moradora logo indaga que não conhece a pessoa investigada: “quem é [essa pessoa]? O mandado está na casa errada”, disse.
Em nota, a Polícia Civil de Goiás informou que “os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos dentro da legalidade, conforme deferimento de ordem judicial”, e que “eventuais supostos abusos cometidos durante a operação já estão sendo investigados pela Superintendência de Correições e Disciplina da PCGO”.
A família registrou um Boletim de Ocorrência horas depois da ação policial equivocada.
