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Brasil enfrenta onda de calor extrema: 1.100 municípios estão sob alerta, batendo recordes de temperatura

13 de novembro, 2023
2 minuto(s) de leitura
Calor bate recorde em todo o país
Foto: Reprodução/ Inmet

O Brasil vive um período de temperaturas extremas, com uma onda de calor sem precedentes prevista para esta semana. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta de grande perigo para 13 estados, além do Distrito Federal, abrangendo ao menos 1.100 municípios.

Mapa mostra regiões mais quentes
Foto: Reprodução/ Inmet

Superando as altas temperaturas do mês de setembro, novembro vê um pico de calor bem acima do normal para a estação, alertando para uma primavera excepcionalmente quente. O alerta tem duração de pelo menos cinco dias, até às 23h59 desta quarta-feira (15), podendo ser estendido em algumas regiões. As previsões indicam que a onda de calor se intensificará durante a semana, atingindo seu pico no Sudeste e Centro-Oeste, com máximas entre 40°C e 45°C. Este será o período mais quente de 2023 até agora.

Temperaturas recordes registradas no Brasil

O calor extremo já começou a quebrar recordes em todo o país. No domingo (12), algumas das temperaturas mais altas registradas incluem:

  • Araçuai (MG): 41,6°C
  • Unai (MG): 41,6°C
  • Paranaíba (MS): 40,4°C
  • Arinos (MG): 40,3°C
  • Cuiabá (MT): 40,3°C
  • Padre Ricardo Remeter (MT): 40,0°C

Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná também registraram temperaturas recordes para 2023, com sensação térmica acima dos 50ºC

Por que está tão quente?

Um bloqueio atmosférico é o principal responsável pelo calor extremo, mantendo o clima seco e ensolarado na maior parte do país. No entanto, de forma geral, em 2023, as altas temperaturas são um reflexo dos impactos do fenômeno El Niño, que promove o aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial, mudando o comportamento dos ventos e favorecendo o aumento da temperatura em várias regiões do planeta. 

Calor e seca atingem país
Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Além disso, outros fatores têm contribuído para a ocorrência de eventos cada vez mais extremos, como o aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos. De acordo com a pesquisa realizada pela World Weather Attribution (WWA), as temperaturas excepcionalmente altas observadas no hemisfério norte durante os meses de junho e julho de 2023 são um resultado direto das atividades humanas.

O estudo aponta que essas condições climáticas extremas seriam “impossíveis” sem a influência humana que acelera as mudanças climáticas. Com o aumento contínuo da temperatura global, fenômenos como ondas de calor, tempestades severas e outras catástrofes naturais tendem a se tornar mais comuns.

Informações do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente indicam que o aumento das temperaturas está alterando padrões climáticos globais, levando a invernos mais amenos, ciclones mais frequentes e tempestades mais intensas.

O órgão também ressalta que, desde 1980, cada década tem sido mais quente que a anterior. Ondas de calor têm sido registradas em todas as regiões do mundo, com o Ártico experimentando um aumento de temperatura pelo menos duas vezes maior que a média global.

Impactos na saúde e recomendações

As ondas de calor podem ter graves consequências para a saúde, especialmente entre grupos mais vulneráveis, como os idosos e crianças menores de 5 anos. O corpo humano tende a eliminar o calor por meio do suor, o que pode provocar desidratação. As altas temperaturas também podem desregular o sistema cardiovascular, desencadeando arritmias e pressão alta.

Além disso, os raios solares podem provocar insolação, sem falar no risco do desenvolvimento de doenças como o câncer de pele. Por isso, a recomendação é beber muito líquido, mantendo a hidratação frequente, evitar atividades físicas pesadas, proteger-se do sol nas horas mais quentes e usar roupas leves e protetor solar.

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