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Em meio a crise história no RS, Lula demite Jean Paul Prates da presidência da Petrobras

15 de maio, 2024
2 minuto(s) de leitura
Jean Paul Prates, agora ex-presidente da Petrobras
Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Na noite desta terça-feira (14), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi demitido da estatal pelo presidente Lula. Para substituir Prates, foi convidada a engenheira civil Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff – que já aceitou o cargo.

A notícia da troca de comando foi confirmada por diversas fontes – inclusive pela assessoria do agora ex-presidente, que enviou uma mensagem interna a todos os funcionários confirmando a sua saída da Petrobras. Prates disse que sua missão havia sido “precocemente abreviada”, e indicou que sua demissão teria tido a participação dos ministros Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Rui Costa, da Casa Civil. “Minha missão foi precocemente abreviada na presença regozijada de Alexandre Silveira e Rui Costa. Não creio que haja chance de reconsideração. Só me resta agradecer a vocês e torcer que consigam ficar ou se reposicionar, contem comigo no que eu puder fazer”, declarou Prates no comunicado.

Relação desgastada

A decisão de Lula foi influenciada por uma série de desentendimentos prolongados entre Prates e integrantes do governo, especialmente com o ministro Alexandre Silveira. Um dos episódios mais tensos foi a divergência sobre a distribuição dos lucros aos acionistas da Petrobras. Prates se opôs à orientação inicial do governo, de reter os dividendos e poupar recursos para investimentos, e se absteve na reunião do conselho que discutia o assunto – o que provocou descontentamento no Palácio do Planalto.

O mercado, no entanto, reagiu. As ações da estatal despencaram, e os representantes do governo no Conselho Administrativo decidiram acatar a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários, liberando cerca de R$ 21,95 bilhões de um total de R$ 43,5 bilhões, evidenciando um esforço para equilibrar as necessidades financeiras com as expectativas do mercado.

A Petrobras emitiu um comunicado oficial informando sobre o “encerramento antecipado do mandato de Jean Paul Prates de forma negociada”. Prates declarou que, após a aprovação de sua saída por parte do Conselho de Administração da companhia, ele planeja renunciar também ao cargo de integrante desse mesmo conselho.

Magda Chambriard, que deve assumir a presidência da estatal, traz consigo uma vasta experiência no setor de petróleo e gás. Além da diretoria na ANP, ela trabalhou por mais de duas décadas na própria Petrobras, ocupando diversos cargos técnicos e de gestão. Sua indicação é vista como um movimento estratégico para fortalecer a liderança da empresa em meio a desafios internos e externos.

Já Jean Paul Prates, 54 anos, tem uma carreira multifacetada, tendo atuado como advogado, economista, empresário e dirigente sindical. Antes de assumir a presidência da Petrobras, ele participou da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro), e atuou na regulação dos setores de petróleo, energia renovável, biocombustíveis e infraestrutura em governos anteriores. Prates também ocupou o cargo de Secretário de Estado de Energia e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Norte.

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