Débora Oliveira
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a situação da Mpox, especialmente na África, constitui uma emergência em saúde pública de importância internacional, o mais alto nível de alerta da entidade. O anúncio foi feito pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma coletiva de imprensa em Genebra.
A decisão surge em resposta ao aumento significativo de casos e mortes causadas pela Mpox, especialmente na República Democrática do Congo, onde a doença vem sendo monitorada há mais de uma década. Em 2024, o número de casos já ultrapassou o total registrado em 2023, com mais de 14 mil infecções e 524 mortes.
“A OMS vem trabalhando para conter os surtos de mpox na África e alertando sobre a gravidade da situação”, afirmou Tedros. Ele destacou que o comitê de emergência da OMS se reuniu para avaliar o cenário e recomendou a declaração da emergência global devido ao risco de uma potencial nova pandemia e à possibilidade de disseminação internacional.
O anúncio da OMS ocorre um dia após o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (CDC África) declarar a mpox como uma emergência de saúde pública de segurança continental, enfatizando a rápida transmissão da doença no continente.
Tedros enfatizou a necessidade de uma resposta internacional coordenada para interromper a propagação da doença e salvar vidas. Ele ressaltou que a nova variante da Mpox detectada na República Democrática do Congo e sua disseminação em países vizinhos são particularmente preocupantes, destacando a importância de esforços globais para conter a situação.
A Mpox, uma doença zoonótica viral, pode ser transmitida de animais para humanos e entre pessoas infectadas. Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, dores no corpo e linfonodos inchados. Embora a doença já tenha sido declarada como emergência de saúde pública em 2022, a OMS havia rebaixado seu status em 2023. Agora, com o aumento dos casos, a Mpox volta a ser uma prioridade global para a organização.
