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Morte de idoso levado já sem vida para sacar empréstimo será investigada pela polícia do Rio de Janeiro

17 de abril, 2024
2 minuto(s) de leitura
Mulher leva cadáver de idoso para fazer empréstimo
Foto: Reprodução

A notícia impressionou o Brasil, e as imagens são chocantes. Érika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, levou o tio, um idoso de 68 anos, para fazer um empréstimo bancário no valor de R$ 17 mil. Na agência bancária, funcionários desconfiaram que havia algo muito errado, já que o senhor, identificado como Paulo Roberto Braga, não se mexia e manifestava qualquer reação.

Vídeo: Reprodução

Tudo aconteceu em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, na tarde dessa terça-feira (16). Os funcionários do banco chamaram a polícia e o Samu ao perceberem que, na verdade, o idoso estava morto. No vídeo, já viralizado, Érika tenta fazer o cadáver do tio assinar o documento: “tio, tá ouvindo? Se o senhor não assinar, não tem como”, diz a mulher.

Uma das atendentes chega a questionar se o senhor realmente estaria bem, ao que Érika responde “ele é assim mesmo”. A mulher foi presa em flagrante, e a Polícia Civil do Rio de Janeiro vai investigar como e quando o idoso morreu, e também as circunstâncias do empréstimo. Já na delegacia, Érika disse aos policiais que o tio tinha a intenção de comprar uma televisão e reformar a casa onde morava, também em Bangu.

Novas imagens que voltaram a circular nas redes nesta quarta-feira (17) mostram que Paulo Braga estaria vivo horas antes de ser levado ao banco. Em um vídeo, feito na garagem de um shopping onde fica a agência bancária, ele aparece na mesma cadeira de rodas, mas ainda movimentando um pouco a cabeça. Segundo o Instituto Médico Legal, quando a polícia chegou ao banco, o idoso tinha marcas na pele comuns de quem havia falecido poucas horas antes.

Idoso chega supostamente vivo ao banco

Em depoimento, Érika disse que o tio passou mal dentro de casa há cerca de uma semana, e foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento, onde ficou cinco dias internado para tratar de uma pneumonia, e teve alta no dia 15, ou seja, um dia antes de ser levado ao banco. Ao receber alta, ainda segundo Érika, o tio havia informado a ela que solicitou um empréstimo, mas que ele precisava ir até o banco assinar o contrato para fazer o saque.

Aos agentes, a mulher informou ainda que o, antes de sair de casa, o tio estava “consciente, embora debilitado”, e que só percebeu que ele havia parado de responder e reagir quando chegou ao atendimento no banco.

Na agência bancária, a equipe do Samu tentou fazer manobras de ressuscitação cardiopulminar no idoso, mas foi em vão. Os policiais afirmaram que Érika chegou à delegacia em estado emocional abalado, e sob efeito de remédios controlados. A advogada da mulher disse que confia na inocência de Érika, e que Paulo chegou ainda com vida ao banco.

Isso, no entanto, não muda a situação dela na investigação: “é indiferente se ele morreu dentro ou fora do banco. O fato é que ela, vendo que ele já não respondia estímulos, insistia no empréstimo, segurava a caneta para ele assinar. Isso caracteriza a fraude”, disse o delegado responsável pelo caso. Érika continua presa, e deve passar por audiência de custódia nos próximos dias.

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