Daniela Brito
Estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) participaram de um ato polêmico durante um jogo de vôlei feminino do torneio universitário Copa Calo, em São Carlos, no interior de São Paulo. O caso foi em abril, mas só veio à tona recentemente, quando foram divulgados vídeos. As imagens mostram os estudantes praticando atos obscenos na arquibancada durante o jogo, com as vestimentas íntimas abaixadas em público.
Os vídeos viralizaram no último fim de semana após a postagem de vários influenciadores pedindo um posicionamento oficial da universidade. Depois da repercussão, a Unisa anunciou que expulsou os estudantes de medicina, mas não informou a quantidade de alunos.
Alguns estudantes da Universidade Santo Amaro defenderam a ação, afirmando que o comportamento é ‘típico’ e ‘tradicional’ em eventos esportivos de medicina. Em um torneio anterior, em Bauru, um caso semelhante foi registrado.
A Universidade São Camilo, adversária da Unisa na partida de vôlei, emitiu uma nota afirmando que não houve reclamações de suas alunas sobre o incidente, e que nenhuma delas relatou qualquer forma de assédio.
Por outro lado, a associação de alunos da Universidade Santo Amaro divulgou uma nota, ressaltando que os atos registrados nos vídeos não refletem os valores da entidade, rejeitando qualquer forma de abuso ou discriminação e reiterando o seu compromisso com o esporte no ambiente acadêmico. A Polícia Civil do estado de São Paulo investiga o caso, e o Ministério da Educação notificou a universidade, dando um prazo de 15 dias para informar as providências que irá tomar com relação ao episódio. “É inadmissível que futuros médicos ajam com tamanho desrespeito às mulheres e à civilidade”, disse o ministro da educação, Camilo Santana.
