Daniela Brito
A varejista chinesa entra para o grupo de empresas que adotaram o programa Remessa Conforme, um incentivo do governo que oferece isenção de impostos de importação para compras até determinado valor, com uma taxa de 17% de ICMS.
O líder da Shein na América Latina, Marcelo Claure, declarou nesta terça-feira (19/9) que a empresa vai arcar com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os clientes que fizerem compras de até US$ 50, o equivalente a aproximadamente R$ 243. A medida foi tomada após a gigante do comércio eletrônico da China se juntar ao programa Remessa Conforme, que oferece isenção do imposto de importação até esse montante, com uma taxa fixa de 17% de ICMS.
Não foi especificado pela empresa o montante reservado para essa finalidade. As compras acima de US$ 50 são taxadas em 60% pelo imposto de importação, além do ICMS. O programa já está ativo no site da Shein, e deverá estar disponível no aplicativo em breve, com a sugestão de que os usuários o atualizem para garantir o benefício.
Claure declarou que não há uma previsão exata de quanto tempo essa cobertura vai durar, e que isso depende das economias possíveis em custos logísticos. “Nossa intenção é manter essa política pelo máximo de tempo”, afirmou.
A expectativa é de que os produtos cheguem mais rapidamente aos consumidores, uma vez que o programa propõe um processamento aduaneiro acelerado. Vale lembrar que a varejista já anunciou que vai investir R$ 750 milhões para iniciar a produção dentro do Brasil, o que pode refletir em uma redução de preços. “A Shein está posicionando-se de forma ainda mais competitiva no mercado”, salientou Claure.
A Shein é a terceira a adotar o Remessa Conforme, juntando-se a AliExpress e Sinerlong. De acordo com informações da Receita Federal, Shopee e Amazon expressaram interesse em aderir ao programa, e esses pedidos estão em análise, com anúncios oficiais pendentes.
