Nesta terça-feira (8), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o retorno do horário de verão em 2024 será considerado apenas se for “imprescindível”. Em entrevista a jornalistas, Silveira explicou que a decisão será tomada até a próxima semana, após uma análise cuidadosa das condições energéticas do país. “Estou agindo com serenidade, equilíbrio e diálogo, para que a medida só seja implementada caso absolutamente necessária. Se não for imprescindível, aguardaremos o período chuvoso”, disse o ministro.
Silveira destacou que está “levando ao limite” as discussões sobre a necessidade de implementar o horário de verão neste ano. O ministro ressaltou que a decisão final dependerá dos níveis de chuva nos próximos meses. “Se formos abençoados com chuvas em grande volume, podemos evitar a necessidade de reintroduzir o horário de verão”, acrescentou. A preocupação é com o impacto da estiagem nos níveis dos reservatórios e na capacidade de geração de energia elétrica, especialmente em um momento de alta demanda.
O horário de verão é uma prática adotada em diversos países com o objetivo de economizar energia elétrica. A ideia central é adiantar os relógios em uma hora durante os meses de maior luminosidade, aproveitando a luz natural por mais tempo no período da tarde e início da noite. No Brasil, a medida foi implementada pela primeira vez em 1931 e se tornou uma prática comum até 2019, quando foi suspensa pelo governo federal após estudos apontarem que a economia de energia havia se tornado irrelevante. A medida, no entanto, ainda é vista por alguns setores como uma solução para otimizar o uso da energia em períodos de crise.
O anúncio de Alexandre Silveira vem em um contexto de incertezas em relação ao volume de chuvas e à capacidade dos reservatórios, que abastecem as hidrelétricas do país. Caso as condições climáticas não colaborem, a volta do horário de verão pode ser uma alternativa para aliviar a pressão sobre o sistema elétrico, ajudando a evitar sobrecargas e possíveis apagões. A expectativa é que a decisão final sobre o retorno do horário de verão será divulgada em breve, com o governo monitorando de perto os impactos das chuvas nas próximas semanas para garantir que a melhor escolha seja feita.