Propaganda eleitoral virtual segue permitida até esta sexta-feira (30), segundo o Tribunal Superior Eleitoral, assim como a veiculação de programas em TV e rádio
Os candidatos às eleições de outubro gastaram mais de R$ 147 milhões em impulsionamento de conteúdos na internet, segundo dados disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até esta terça-feira (27).
Mesmo restando cinco dias de campanha para o primeiro turno, o investimento em propaganda virtual já é 48% maior do que em 2018, quando a modalidade somou R$ 99,7 milhões em valores corrigidos pela inflação.
A veiculação desse tipo de anúncio segue permitida até a próxima sexta-feira (30), assim como a disseminação de publicidade eleitoral em TV e rádio.
Entre os quatro presidenciáveis que lideram a intenção de voto, de acordo com o agregador de pesquisas CNN/Locomotiva, Simone Tebet (MDB) é a que mais investiu em impulsionamento nas redes sociais. Foram gastos mais de R$ 2,7 milhões desde o início da campanha.
Em seguida, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com R$ 2,5 milhões pagos em estratégias de impulsionamento. Ciro Gomes (PDT) vem em terceiro lugar com R$ 1,6 milhão. E o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), investiu pouco mais de R$ 530 mil.
De acordo com o consultor e especialista em anúncios digitais Gustavo Coelho, a plataforma de anúncios do Google tem recebido uma avalanche de contratações nesta última semana de campanha.
“Estão dando um gás a mais nessa semana, é natural. Hoje, por exemplo, foram investidos mais R$ 700 mil em quatro horas no Google. A média é de 100 anúncios por hora nas redes sociais”, destacou Coelho.
Além disso, Coelho afirma que há um direcionamento preferencial dos candidatos para impulsionar os anúncios nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Na classificação do formato de conteúdo divulgado, cerca de 86% são publicações em vídeo.
Enquanto o investimento nas redes sociais aumenta, na propaganda de rádio e TV, é possível notar uma queda em relação às últimas eleições gerais. Em 2018, foram gastos, em valores corrigidos pela inflação, R$ 467 milhões. Neste ano, foram investidos até esta terça-feira R$ 359 milhões, cerca de 23% a menos.
Fonte: Beatriz Puente, da CNN