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“O mundo voltou”, diz secretária sobre aulas 100% presenciais no DF

03 de novembro, 2021
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Aulas: Retorno ocorre nesta quarta nas escolas públicas do DF. Contrário à medida, Sinpro convocou paralisação de professores. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Aulas: Retorno ocorre nesta quarta nas escolas públicas do DF. Contrário à medida, Sinpro convocou paralisação de professores. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

As escolas públicas do Distrito Federal retomaram as aulas 100% presenciais nesta quarta-feira (3/11). A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, acompanhou retorno no Jardim de Infância 4, no Gama. Segundo a educadora, a volta das aulas 100% presenciais é fundamental para os alunos recuperarem a rotina escolar. “Para nós, a volta das aulas 100% presenciais é um sonho”, pontuou.

A rede pública conta com 543 mil estudantes e 57 mil profissionais de educação. Somente alunos com laudo médico poderão continuar no ensino remoto.

“O que os alunos estavam vivendo até agora não é a rotina. A rotina é frequentar de segunda à sexta-feira e folgar no final de semana. Então agora vamos fazer o diagnóstico com todos alunos em turma. Inclusive vamos levantar a questão da abstenção, da evasão escolar, do abandono. Nós temos que ir em busca desses estudantes. Não podemos deixar eles para trás”, disse Paranaguá.

Com o avanço da vacinação da comunidade contra a Covid-19 e os protocolos sanitários, Hélvia aposta na volta segura e sem surtos do novo coronavírus. “Nós não podemos ficar esperando que o vírus desapareça. O mundo voltou”, argumentou. A rede pública contará com um sistema de monitoramento em tempo real de casos de Covid-19 e a máscara será obrigatória dentro dos colégios.

Paralisação

O Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) convocou a categoria para uma paralisação nesta quarta-feira. Segundo a entidade, este ainda não seria o momento seguro para lotar salas de aula. Diante da convocação da entidade, a secretaria de Educação anunciou o corte do ponto dos educadores que aderirem ao movimento.

Para Hélvia, grande parte dos professores está a favor da volta das aulas 100% presenciais. “A escola é o ambiente mais seguro. Em casa, as pessoas não usam máscara. Ninguém afere a temperatura. No ambiente escolar, isso é feito rotineiramente todos sempre usam máscara”, afirmou.

Em diversas escolas da rede, as dimensões das salas de aula não permitem o distanciamento preconizado pelos protocolos sanitários. “Quase a totalidade das nossas salas tem 48 metros quadrados. Isso significa que se você tiver 30 alunos, terá um 1,2 metrô entre eles”, comentou. Se as dimensões não forem suficientes, a direção de cada escola pode remanejar os estudantes para outros locais do colégio para assegurar a distância mínima, a exemplo da biblioteca.

Parte dos dos professores, defende a aplicação da terceira dose da vacina para os educadores. Porém, de acordo com a secretaria, o reforço na imunização é de competência da Secretaria de Saúde, que segue o Programa Nacional de Imunização (PNI) do governo federal e não há previsão de 3ª dose para profissionais da Educação.

Hélvia destaca que o número de casos na rede pública é baixo. Segundo o governo, foram registrados, neste ano, até o momento, 1.756 casos de Covid-19. Deste total, 790 foram estudantes, 453 professores e 513 demais profissionais de educação.

Maria Graciane Ribeiro da Silva, 28 anos, levou o filho Miguel Silva Meireles de 4 anos, para Jardim de Infância 4, na manhã desta quarta-feira. “Eu estou achando a volta das aulas ótima. Ele acostuma melhor. Ele estava chorando dia sim e dia não. Ele não estava se acostumando com a aula híbrida” contou.

Jardim

O Jardim de Infância 4, no Gama, tem aproximadamente 319 alunos, divididos em dois turnos, matutino e vespertino. Os estudantes têm entre 4 e 5 anos e cursam o primeiro e segundo período do ensino fundamental. A unidade tem 21 turmas.

Segundo a direção, seis crianças apresentaram laudos e poderão continuar com o ensino remoto. De acordo com a Educação, apenas alunos que comprovem comorbidades, por meio de documento com assinatura de algum médico, terão a possibilidade de não comparecer à unidade de ensino.

“É uma coisa que a gente torce. Porém em algumas salas que vai ficar inviável manter o protocolo de distanciamento. Por ser educação infantil, evitar o toque também será um desafio”, comentou a vice-diretora Poliana Peixoto.

Fonte: Francisco Dutra, Metrópoles

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