Uma localidade que já foi considerada a maior favela do Brasil, a cidade do Sol Nascente – a 30 km do centro de Brasília – terá um hospital público permanente até o início de fevereiro.
A unidade será inaugurada no mesmo endereço onde o Hospital de Campanha de Ceilândia funcionou até julho do ano passado, quando foi desativado para atendimentos específicos para pacientes de Covid-19.
Com o retorno à estrutura da Secretaria de Saúde, a unidade passará a funcionar definitivamente na região a qual tem população de 90 mil moradores, segundo a Companhia de Planejamento do DF (Codeplan).
A decisão ocorre após o governador Ibaneis Rocha (MDB) ter revelado ao Metrópoles a intenção de direcionar mais equipamentos públicos, como um terminal rodoviário e um restaurante comunitário.
Batizada de Hospital do Sol, a unidade terá 60 leitos, sendo 40 de enfermaria e outros 20 para tratamentos intermediários. O hospital fica na QNN 27, ao lado da UPA de Ceilândia.
Hospital do Sol
Retaguarda
Embora passe a integrar a estrutura da Secretaria de Saúde, o local será de retaguarda, não terá atendimento direto ao público e receberá apenas pacientes já internados em outras unidades públicas.
“A unidade não será hospital com portas abertas. Ela receberá pacientes já regulados para desafogar vagas em outras unidades da região, como as UPAs. São pacientes com tempo de permanência curta, com giro rápido de leitos após a melhora confirmada”,
destacou a superintendente da Região Oeste, a médica Lucilene Florêncio.
De acordo com a gestora, a unidade dará suporte para pacientes que, embora apresentem melhora no quadro clínico geral, ainda necessitem de atenção médica.
“A princípio, o hospital será unidade não Covid, mas se houver alguma necessidade, a gente já vai estar com toda a estrutura para que possa cuidar dos pacientes infectados pela nova cepa, principalmente”, explicou.
A médica informou, ainda, que o novo hospital já garantiu equipamentos e equipes para iniciar o funcionamento nos próximos dias.
“Vamos ter laboratório, radiologia, nutrição, vigilância, limpeza, tudo de acordo com a necessidade de uma região que é 100% dependente do SUS”, disse
Fonte: Caio Barbieri, Metrópoles