Depois de os estudantes da educação infantil voltarem ao ensino presencial, chegou a vez dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano). Os 150.339 matriculados nessa etapa de ensino começam o retorno no modelo híbrido nesta segunda-feira (9/8).
A volta está prevista no calendário da Secretaria de Educação. O retorno ocorre 515 dias depois das instituições de ensino fecharem as portas devido à pandemia do novo coronavírus.
Os primeiros a abrirem as escolas foram os professores e trabalhadores da área educacional, em 2 de agosto, para coordenação pedagógica. No dia 5, voltaram os 45.965 alunos da educação infantil do DF, lotados em 270 unidades de ensino.
Também voltam às aulas nesta segunda os estudantes da Educação de Jovens e Edultos (EJA). O ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, tem retorno previsto para o próximo dia 16. Os alunos do ensino médio e da educação profissional retomam as aulas presenciais em 23 de agosto.
Os primeiros dias de recomeço tiveram intercorrências com professores contaminados com a Covid-19. Em uma escola em São Sebastião, as aulas tiveram que ser adiadas para algumas turmas porque as professoras estavam com Covid.
Os estudantes voltam, agora em maior volume, e a qualquer sinal da doença: tosse, febre, gripe, dor de garganta, o aluno ou professor fica em casa e avisa a escola. Como esta nova etapa de retorno é para alunos mais velhos do que do anterior, do 1º ao 5º ano, o uso de máscara é obrigatório para todos. Na educação infantil, não precisam usar máscaras os estudantes menores de 3 anos.
Estudantes com aulas híbridas
Os estudantes terão aulas híbridas, alternando entre períodos em sala de aula e remotos. De acordo com as orientações para a retomada das atividades presenciais na rede pública de educação, as salas serão divididas em duas metades para que o distanciamento de 1,5 m seja mantido entre os estudantes durante as aulas.
Em entrevista coletiva, a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, afirmou que haverá excepcionalidades para alunos que ficarão em casa. “Crianças em situação de comorbidade, adoecidas e especial. Cada escola vai poder adequar a situação. O que não pode é nenhum estudante ficar sem o atendimento da escola. Se presencial ou remota, futuramente vamos saber o quantitativo das excepcionalidades. A escola vai encontrar a forma de manter a criança em casa e oferecer o estudo”, destacou.
Entre as orientações para a comunidade escolar no retorno estão:
• manter distanciamento social em conformidade com as orientações das autoridades sanitárias;
• evitar tocar olhos, nariz e boca;
• Higienizar sistematicamente as mãos por meio da lavagem com água e sabão ou do uso de álcool 70%, sobretudo nas seguintes condições:
- após uso de transporte público;
- ao chegar a uma unidade escolar;
- após tocar nas seguintes superfícies: maçaneta, corrimão, interruptores ou similares;
- após tossir, espirrar e/ou assoar o nariz;
- antes e após usar o banheiro;
- antes e após manipular alimentos;
- antes de tocar em utensílios higienizados;
- antes das refeições;
- após efetuar limpeza local e/ou utilizar vassouras, panos e materiais de higienização;
- após remover lixo e outros resíduos;
- após trocar os sapatos;
- antes e após usar espaços coletivos;
- antes e após manipular a máscara de uso individual;
- não compartilhar objetos de uso pessoal, tais como: máscaras, talheres, pratos, copos ou garrafas; e
- não compartilhar objetos pedagógicos individuais, tais como: caneta, lápis, borracha, régua, caderno, brinquedos e jogos, entre outros.
Ao todo, a capital do país tem 686 instituições públicas, 452 mil alunos e cerca de 40 mil professores. A qualquer sintoma de gripe, mal-estar, febre e dor de cabeça, alunos e professores não devem comparecer às salas de aula. Esses podem ser indícios de Covid-19 e, por isso, o contato deve ser evitado.