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Conheça os 9 tipos de golpes mais comuns contra Professores do DF

10 de maio, 2022
4 minuto(s) de leitura
Golpes: Práticas de estelionato que vão de comunicação via mensagens falsas até utilização de documentos fraudados com marcas do TJDFT. Foto: Marko Geber/Getty Images
Golpes: Práticas de estelionato que vão de comunicação via mensagens falsas até utilização de documentos fraudados com marcas do TJDFT. Foto: Marko Geber/Getty Images

O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) publicou, na última semana, uma lista com os nove tipos de golpes mais comuns aplicados contra os docentes da rede pública do DF, sobretudo em profissionais aposentados. O Sinpro informa que a Polícia Civil do DF (PCDF) centralizou as denúncias da entidade e investiga os crimes.

A entidade alerta para as práticas de estelionato que vão de comunicação via mensagens falsas, telefonemas e até utilização de documentos fraudados com as marcas do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) para convencer as vítimas.

O Sinpro-DF não soube informar ou estimar uma quantidade vítimas feitas pelos criminosos, mas garante que o número é expressivo devido à recorrência do assunto entre membros e diretores do sindicato. Também não há informações quanto aos valores subtraídos pelos golpistas.

O sindicato, porém, explica que os bandidos reúnem uma série de informações que, em tese, seriam verdadeiras, mas pedem o pagamento de algum valor no fim do contato. O Sinpro-DF reforça que não entra em contato com sindicalizados ou exige depósitos de qualquer fim.

Tipos de crime

  1. Em um dos golpes, criminosos ligam para a casa dos professores informando que o alvará de precatório para pagamento foi liberado. Em seguida, dizem que a vítima tem mais de R$ 100 mil para receber, pedem para ligar em um número e solicitam depósito de um valor em uma conta corrente no nome de Anderson Fabio de Oliveira.
  2. Para o furto via telefone, usam vários nomes. O nome de “Cláudia Maria Rodrigues”, uma advogada que tem sido prejudicada com a ação do bando, é utilizado nesta modalidade. Ela já denunciou o caso à polícia e tem Boletim de Ocorrência para comprovar o uso indevido do nome dela. O outro advogado usado é “Leonardo Mota”. Um terceiro nome identificado é “Dr. Marcelo Ricardo”.
  3. Para extorquir dinheiro das vítimas, o golpista que realiza a chamada se passa por diretor, ex-diretor ou funcionário da Secretaria de Assuntos Jurídicos, Trabalhistas e Socioeconômicos do Sinpro-DF. Em alguns casos, o criminoso se apresenta como Dr. Daniel ou Dr. Dimas, e chega a utilizar em sua foto de perfil de WhatsApp a logomarca do Sinpro-DF. Em seguida, o farsante solicita depósito em conta bancária vinculada a uma suposta pessoa com nome de Priscila.
  4. Outra modalidade é o golpe com transferência por Pix. Assim como os outros métodos, o golpista solicita um valor para liberar uma quantia à vítima. No caso de transferência, não há um sistema de retorno ou cancelamento do envio.
  5. Nesta modalidade, o golpista envia à vítima, via WhatsApp ou e-mail, documento simulando papel timbrado do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). O documento ainda leva o nome de dirigentes do Sinpro-DF. No último caso relatado à entidade, havia o nome da dirigente Silvia Canabrava. O envio é feito posteriormente a uma ligação, em que o criminoso confirma vários dados da vítima, como nome completo, CPF e nome do pai e da mãe.
  6. O golpe mais recente consiste no envio de carta nominal, com logomarca de escritório de advocacia fantasma. O documento falso é enviado pelos Correios e traz uma série de argumentos jurídicos bem fundamentados, além de endereço de e-mail, telefones e assinatura com registro da OAB.
  7. O primeiro golpe de 2022 chega por WhatsApp e vem supostamente do “Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, DF”. É nominal, informa que o pagamento do precatório referente ao processo da pessoa está liberado para a data de hoje, “primeira ou segunda parcela”. O titular deverá entrar em contato com uma “Dra. Chrystiane Maia Guerco Faria Lucas Mori (OAB: 38015/DF) para solicitação do recolhimento dos alvarás de liberação do precatório, nos telefones (061) 99687-2994 ou (061) 99667-9219 (outros números também são usados nesse golpe). Se a pessoa não entrar em contato até as 15h, deverá esperar “uma segunda chamada com carência de tempo de 5 a 10 anos”. Mas é golpe.
  8. Nesta modalidade criminosa, os bandidos ligam pelo telefone 3322-1515 – contato oficial do Banco de Brasília (BRB), mas clonado – informando que o banco fez um Pix por engano para a conta do professor ou orientador educacional, solicitando a devolução do valor. Além deste procedimento, os estelionatários também ligam dizendo ser de uma empresa jurídica ligada ao BRB, fazendo a cobrança de tarifas não pagas. Na maioria das vezes, os falsários enviam um link ou pedem dados para “corrigir o problema” e até mesmo solicitando dinheiro. Não abra o link, não forneça dados ou transfira qualquer quantia em dinheiro.
  9. Na última versão utilizada pelo bando, um professor é contatado e informado que havia sido autorizado o pagamento de R$ 108 mil referente ao precatório do Ticket Alimentação, ação movida por um suposto escritório jurídico do Sinpro. Porém, para receber o montante, o educador deveria pagar as taxas, valor totalmente indevido, uma vez que o sindicato nunca solicita nenhum tipo de transação bancária para que professores e orientadores educacionais. Para identificar se a ligação é um golpe, basta ficar atento ao pedido de qualquer tipo de taxa  para recebimento de precatório.

Segurança Digital

O perito em crimes digitais Wanderson Castilho alerta que a criminalidade no ambiente cibernético se especializou e ataca por nichos. “Cada um tem suas particularidades. Hoje existem golpes específicos para o Instagram, para leilões, ofertas de emprego e outros”, detalha.

“Se você não tiver dois tipos diferentes de verificação [quando receber qualquer tipo de contato], não execute o que está sendo pedido. Quem recebeu o contato que deve buscar por outros meios a confirmação daquilo”, explica o especialista em segurança cibernética.

Fonte: Felipe Torres, Metrópoles

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