Tanques e outros veículos da Marinha deixaram na manhã desta terça-feira um grupamento da Força (10) em direção à Esplanada dos Ministérios para entregar um convite de um exercício militar ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
No início da manhã, a Polícia Militar informou que não havia interdições previstas na Esplanada dos Ministérios. Por volta das 8h30, uma faixa da via N1, no sentido Rodoviário do Plano Piloto foi bloqueada para passagem dos veículos. A pista foi liberada às 9h.
Os veículos saíram do Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, na L4 Norte, por volta das 8h. Cerca de 30 minutos depois, os blindados chegaram à Esplanada dos Ministérios, onde circularam em frente ao Palácio do Planalto para a solenidade.
Em seguida, os militares estacionaram os carros em frente ao Ministério da Defesa. De acordo com a Marinha, 14 veículos do comboio ficarão em frente à pasta para “valorizar e apresentar à sociedade brasileira o aprestamento dos meios operativos”.
A exibição ocorre no mesmo dia em que está prevista, na Câmara dos Deputados, a análise da PEC que prevê a adoção do voto impresso, já julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Tanques e outros equipamentos
A operação, segundo a Marinha, conta com 2,5 mil militares. Ao todo, são 150 veículos, como aeronaves, carros de combate, veículos blindados e anfíbios, artilharia e lançadores de mísseis e foguetes. Foram 1,5 mil toneladas de equipamentos transportados do Rio de Janeiro para Brasília.
Ainda segundo a Marinha, o objetivo da exibição é convidar Bolsonaro a participar de um treinamento de militares das três forças (mais Exército e Aeronáutica) no próximo dia 16 de agosto, em Formosa (GO). Os tanques saíram em comboio do Rio de Janeiro em direção à Brasília.
Autoridades, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comentaram a exibição. De acordo com ele, o episódio é uma “trágica coincidência” e que a votação pode ser adiada “se os deputados quiserem e a população achar que é conveniente”. Deputados e senadores interpretaram o ato como provocação e tentativa de intimidação.
Fonte: G1 DF