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Vacina: DF chega a registrar mais de 1.400 efeitos adversos

14 de abril, 2021
2 minuto(s) de leitura
Vacina: população apresenta efeitos adversos após doses. Foto: Aline Massuca/Metrópoles
Vacina: população apresenta efeitos adversos após doses. Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Segundo a SES-DF, há 4 casos graves. Em um deles, a pessoa apresentou paralisia facial periférica após tomar vacina AstraZeneca contra Covid.

O Distrito Federal registrou 1.466 notificações de eventos adversos associados a vacinas contra a Covid-19. Desse total, a Secretaria de Saúde analisou 362 casos e confirmou que 281 deles foram causados pelos imunizantes. Os sintomas mais comuns são dor de cabeça e dor muscular.

Quatro casos foram considerados graves. Em um deles, a pessoa apresentou paralisia facial periférica após tomar uma dose da AstraZeneca. Outros três imunizados com a Coronavac foram internados por mais de 24 horas, mas a secretaria não divulgou os motivos para as hospitalizações.

As informações foram contabilizadas até o dia 11 de abril e constam no último boletim da vacinação publicado pela Secretaria de Saúde do DF, com dados extraídos do sistema e-SUS Notifica, do Ministério da Saúde.

Além disso, 21 óbitos foram notificados por estarem temporalmente associados à Coronavac, e nove, à de Oxford. Após investigação, porém, a Saúde concluiu que este total de 30 mortes foi coincidente com as vacinas, mas não causado por elas.

Quatro óbitos por causa indeterminada/morte súbita ocorreram temporalmente associados à Coronavac, mas os dados disponibilizados não permitiram definir a causalidade. Todos os demais casos seguem em análise.

Conforme o boletim, das 1.466 notificações, 966 foram associadas exclusivamente à Coronavac e 471 exclusivamente à vacina da AstraZeneca.

Até o momento, a Saúde analisou 362 fichas. Após avaliação de causalidade, a pasta classificou 77 quadros clínicos como causados por outros fatores que não as vacinas, e 281 casos associados aos imunobiológicos.

Em relação aos eventos exclusivos à Coronavac, 142 casos foram classificados como não graves, 33 erros de imunização (dois com evento não grave associado) e três graves, pois houve internação por mais de 24 horas. Entre os sintomas apresentados após a vacina, no geral, 75 pessoas relataram dor de cabeça, 35 sentiram dor muscular, 29 tiveram diarreia e 10 reações de hipersensibilidade cutânea.

Já em relação à vacina da AstraZeneca, 66 foram classificados como não graves, 7 erros de imunização (dois com evento não grave associado), e um grave, pois o paciente apresentou paralisia facial periférica. Os sintomas mais relatados foram: dor de cabeça (36), dor muscular (27), febre (26) e reação no local de aplicação (17).

Em outros 29 casos, ocorreram erros de vacinação em que os pacientes receberam os dois imunizantes. Em um destes casos, o intervalo entre as doses ainda foi inferior a 14 dias.

Entenda o processo da vacina

Segundo o documento, evento adverso pós-vacinação é qualquer ocorrência médica indesejada após a aplicação, que não necessariamente possui uma relação causal com o uso de uma vacina ou outro imunobiológico.

Erro de imunização é qualquer evento evitável que pode causar ou levar a um uso inapropriado de imunobiológico e que pode causar dano a um paciente. Pode estar relacionado à prática profissional, aos produtos e aos procedimentos, incluindo prescrição, manipulação, dispensação e administração.

Os eventos adversos são classificados em “grave” e “não grave”. Os graves são aqueles que:

  • requerem hospitalização por pelo menos 24 horas ou prolongamento de hospitalização já existente;
  • causam disfunção significativa e/ou sequela;
  • resultam em anomalia congênita;
  • causam risco de morte; ou
  • causam o óbito.

Fonte: Ana Karolini Rodrigues, Metrópoles

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