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Concursado da PM foi executado com 7 tiros por homofobia, diz defesa

15 de abril, 2022
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Concursado da PM: polícia procura o principal suspeito do crime: Ialamy Gonzaga, o Júnior Preto. Foto: Reprodução / PCRN
Concursado da PM: polícia procura o principal suspeito do crime: Ialamy Gonzaga, o Júnior Preto. Foto: Reprodução / PCRN

PM executado: A Polícia Civil do Rio Grande do Norte está à procura de Ialamy Gonzaga, mais conhecido como Júnior Preto (foto em destaque), principal suspeito de assassinar à queima-roupa o bacharel em direito e concursado da PM, Eliel Ferreira Cavalcante Júnior, 25 anos, no último sábado (9/4).

A princípio, os investigadores trabalhavam na linha de que a vítima havia sido confundida com um desafeto do autor dos tiros, mas uma reviravolta no caso passou a incluir a possibilidade da morte ter sido provocada por homofobia.

De acordo com testemunhas ouvidas pelo Metrópoles, o suspeito é conhecido na cidade pelo perfil intimidador e por sempre andar armado.

Ialamy seria o autor, mas outras três pessoas teriam participação no homicídio ocorrido em uma área residencial movimentada e que chocou o município potiguar.

Concursado da PM, Eliel conversava com o namorado Lucas dentro de um condomínio de classe média e, ao deixarem o local, foram abordados por uma dupla em suposto assalto. Na tentativa de fuga, um terceiro homem deu dois tiros em direção ao casal.

Execução do PM

Quando conseguiram correr, um quarto elemento apareceu e imobilizou Eliel, que levou aproximadamente 7 tiros. Lucas conseguiu fugir.

“Foi nesse momento que Júnior Preto se aproximou, deu o primeiro disparo quando ele já estava rendido. Em seguida, deu mais sete disparos. O exame cadavérico vai nos dizer se foram 7 ou 9 tiros”, disse Edson Lobão, advogado de Lucas.

Segundo ele, a versão de que Eliel havia sido confundido com alguém está descartada porque a vítima não estava com máscara de proteção.

“O que nós temos é isso: não existe essa versão que o Eliel foi confundido, é totalmente inverdade. Eliel foi vítima de um crime de homofobia, de um crime brutal, essa é a verdade”,

reforçou o advogado durante coletiva para a imprensa local.

Em conversa com o Metrópoles, um dos familiares que preferiu não ser identificado também reforçou a tese de possível crime por homofobia e pede ajuda para encontrar o principal suspeito pela execução.

“A principal testemunha, que era o namorado dele, relatou que foram duas pessoas que abordaram de forma intimidadora e pensaram se tratar de um assalto. Eles chegaram a jogar o celular dentro do condomínio para correr da dupla”, disse.

Eliel Ferreira Cavalcante Júnior havia acabado de ser aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e também esperava ser convocado para assumir uma vaga da Polícia Militar do Ceará.

Fonte: Caio Barbieri, Metrópoles

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