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Apesar das flexibilizações, pandemia ainda não acabou no DF

15 de novembro, 2021
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Vacina e protocolos de segurança sanitária são a chave para não acontecer crescimento de casos e aumento da pandemia. Foto: Governo de SC
Vacina e protocolos de segurança sanitária são a chave para não acontecer crescimento de casos e aumento da pandemia. Foto: Governo de SC

Ainda que a vacinação esteja avançada, com mais de 70% da população vacinável do Distrito Federal com as duas doses tomadas, a pandemia da covid-19 ainda não acabou na capital – muito menos no Brasil ou ao redor do globo. A despeito das medidas de flexibilização neste ano – sendo a última a desobrigação do uso de máscaras ao ar livre –, as medidas sanitárias de segurança contra a proliferação do vírus ainda são importantes e necessárias para que as altas contaminações pela doença não voltem a acontecer.

De acordo com o infectologista Hemerson Luz, a taxa de transmissibilidade R(t) atual da covid-19, calculada em 0,70, indica um controle da pandemia. Isso significa que uma pessoa pode transmitir para outras 70 – quando o índice R(t) está abaixo de 1, a pandemia tende a regredir, de acordo com Boletim da Secretaria de Saúde do DF (SES/DF).

Hemerson afirma que a baixa neste momento só acontece em razão do avanço da vacinação na capital, que está em bons índices, segundo ele, mas também devido à preocupação com as outras medidas preventivas, como o uso de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos com o uso de álcool em gel ou água e sabão.

Para o especialista, o risco de volta das medidas restritivas da pandemia em decorrência de um novo aumento das transmissões está relacionado àqueles que decidiram por não tomar a vacina contra a covid-19. “Essa população é a responsável pelo aumento de casos na Europa. São elas que ainda fazem com que o vírus permaneça em circulação e atinja mais pessoas”, disse.

“O Dia D vai ser uma iniciativa importante no DF por conta disso. Ir atrás das 200 mil pessoas que ainda não se vacinaram ou que ainda não tomaram a segunda dose é muito bom. Quanto mais pessoas vacinarem, menor o risco do vírus circular [com mais força], diminuindo o risco da pandemia”, declarou o infectologista.

Na última sexta-feira (12), o governador Ibaneis Rocha reforçou a importância da imunização, fazendo um apelo à população. “Pedimos encarecidamente, venham se vacinar”, afirmou. Para o chefe do Executivo local, o mutirão de vacinação, agendado para o dia 20 de novembro, é mais uma oportunidade para que a cidade retome as atividades comuns, hoje sob restrições, com segurança.

A intenção é que no “Dia D” sejam aplicadas mais de 257 mil doses das vacinas em pontos estratégicos da cidade, onde há grande circulação. O mutirão contará com 10 postos móveis, com 30 viaturas e mais de 100 profissionais e técnicos da saúde, que atenderão de 9h às 17h.

População ainda atenta

De acordo com o que tem visto na sociedade brasiliense, o infectologista Hemerson destaca que a população ainda está consciente dos seus deveres como cidadãos para que a transmissibilidade da covid-19 seja reprimida ainda mais. “Tenho visto pessoas andando de máscaras ao ar livre mesmo que agora possam tirar. Isso indica que tem muita gente ainda consciente e que quer se preservar”, afirmou.

Ele reforçou, portanto, a importância de se manter os protocolos contra a pandemia, principalmente com a circulação da variante Delta, que possui maior transmissibilidade. “Evitem aglomerações. Busque preferência por núcleos familiares ou por aqueles de convivência em que se conhece o nível de cuidado das pessoas quanto à pandemia”, disse.

Ele lembra que os não vacinados são os que compõem o maior número de novos internados em hospitais públicos e privados, com os quadros mais graves. Aqueles mais brandos são das pessoas que tomaram as duas doses da vacina. Mas mesmo a população que cumpriu com a imunização completa permanece correndo risco, ainda que menor, de se contaminar, podendo até desencadear problemas maiores se forem pessoas com comorbidades.

Flexibilizações na pandemia

Até o momento, apesar das flexibilizações na pandemia, muitos locais ainda estão com a obrigatoriedade de seguir protocolos de segurança sanitária para diminuir as chances de transmissibilidade do vírus pandêmico. Confira algumas das restrições ainda exigidas nos principais espaços de convivência e circulação de pessoas no DF:l

  • Em todo o DF: Obrigação de máscaras em todos os espaços públicos fechados, equipamentos de transporte público coletivo, estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços e nas áreas de uso comum dos condomínios residenciais e comerciais. (DECRETO Nº 40.648)
  • Em estabelecimentos comerciais: Distanciamento de 2 metros em todos os locais – cinemas, salões de beleza, barbearias, etc. –, além de estar proibida a participação nas equipes de trabalho de gestantes e de pessoas consideradas do grupo de risco, descritas no Plano de Contingência da Secretaria de Estado de Saúde (SES/DF).
  • Em academias: Proibido o funcionamento de bebedouros que não sejam para enchimento de garrafas; fechamento duas vezes ao dia por pelo menos 30 minutos para higienização, entre outros.
  • Bares e restaurantes: distanciamento mínimo de um metro entre mesas, a contar das cadeiras; cobrir máquina de cartão com filme plástico, entre outros.
  • Escolas e universidades: Higienização das cadeiras e mesas de uso coletivo regularmente; proibido o uso de bebedouros que não sejam para enchimento de garrafas; escalonamento de horários de intervalo, refeições, saída e entrada de salas de aula, além de organização dos fluxos de circulação de pessoas nos corredores e espaços abertos.

Fonte: Vítor Mendonça, Jornal de Brasília

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