O deputado distrital Fábio Felix (PSOL) entregou ao secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Ferreira, uma notícia crime após ter sofrido ataques após defender a vacinação contra a covid-19 e o desarmamento da população.
Além de Felix, outros parlamentares que compõem a Audiência Pública sobre passaporte da vacina sofreram ameaças e ataques racistas e homofóbicos.
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As mensagens de ódio foram registradas via chat do YouTube da Câmara Legislativa em duas ocasiões, na mesma semana: quando o deputado Fábio Felix votou contra a derrubada do veto que proibia o porte de armas a atiradores esportivos e, na última sexta-feira (11), durante Audiência Pública que debatia a adoção do passaporte da vacina nas escolas.
“Recebi ameaças de pessoas que sugeriram cercar a minha casa, além de muitos ataques homofóbicos. As/os participantes do debate também foram vítimas de racismo, de misoginia e de ameaças políticas. A internet não é terra sem lei e vamos acompanhar de perto a investigação dos crimes que foram cometidos contra mim e contra todas essas pessoas”, disse o deputado.
O secretário de Segurança se solidarizou com o parlamentar e assegurou que os crimes cometidos serão investigados com rigor. “Vou pedir celeridade das apurações, divergência política não pode ser desculpa para desrespeito e agressão”.
Deputado e as mensagens de ódio
Pessoas contrárias à vacinação e ao passaporte da vacina aproveitaram o chat do YouTube da Câmara Legislativa para ameaçar o presidente da Comissão de Direitos Humanos. “Onde ele mora? Vamos pra frente da sua casa”, dizia uma das mensagens. Uma das ofensas homofóbicas chegou a mencionar a necessidade de um “passaporte contra DSTs” no DF.
Muitas mensagens racistas também foram registradas contra os participantes da Audiência Pública. Ataques ao cabelo e à dignidade dos participantes também serão investigados pela Decrin. “Vai cortar esse cabelo!”; “olha a lataria do cidadão”; “Esse especialista é cirurgião? Ele vai com esse cabelo para as cirurgias?”, foram alguns dos ataques racistas registrados.
Fonte: Jornal de Brasília